Após o príncipe André renunciar a todos os seus títulos reais, a sua ex-mulher também deixa de poder usar o título de Duquesa de Iorque. Tranquila, Sarah Ferguson apoia o ex-marido e garante que o amor e a família continuam em primeiro lugar.
Sarah Ferguson, conhecida como Fergie, volta a ser apenas Sarah. A decisão do príncipe André, anunciada esta sexta-feira, de renunciar a todos os títulos e honras reais, acaba por afetar também a ex-mulher, que mantinha, desde 1996, o título de Duquesa de Iorque por cortesia.
O Palácio de Buckingham confirmou que André, de 65 anos, abdicou do ducado e de todas as distinções, após um novo abalo causado pelo escândalo de Jeffrey Epstein, o milionário norte-americano acusado de tráfico sexual.
A decisão foi tomada "em concordância com o rei e com a família", segundo o comunicado oficial. "As acusações constantes contra mim distraem o trabalho de Sua Majestade e da família real. Decidi, como sempre, colocar o dever para com a minha família e o meu país em primeiro lugar", lê-se no texto divulgado por Buckingham, em nome do irmão do rei Carlos III.
Fergie diz que o título "nunca foi o mais importante"
Sem o título de Duquesa de Iorque, Sarah Ferguson mantém-se serena. "Ela vai apoiar sempre as decisões do ex-marido e fará qualquer coisa pelo rei. Para ela, isto não fará grande diferença", revelou uma fonte próxima à revista "Hello!".
A escritora, de 66 anos, que tem assinado profissionalmente como Sarah Ferguson, encara a mudança com naturalidade. Desde o divórcio, viveu entre o afeto do público e as polémicas, mas manteve uma relação próxima com o ex-marido e com a família real.
Os dois continuam a residir em Royal Lodge, em Windsor, um imóvel que André mantém através de um contrato de arrendamento privado com a Coroa válido até 2078. É nessa casa que também vivem os corgis Sandy e Muick, os fiéis cães da rainha Isabel II, adotados por Sarah após a morte da monarca em 2022. "Cuidar dos amados corgis de Sua Majestade é uma honra e uma lembrança diária dos momentos que partilhámos", escreveu Fergie recentemente nas redes sociais.
Apesar do novo revés, o ex-casal continua unido. "Eles são uma família, amam-se", disse também um amigo ao "Page Six". Ainda assim, nem tudo parece pacífico. Esta semana, a princesa Eugenie, a filha mais nova, não assinalou publicamente o aniversário da mãe.
Enquanto o príncipe se retira novamente da vida pública e prepara-se para não participar nas celebrações de Natal em Sandringham, Sarah enfrenta também consequências pessoais. Várias instituições de solidariedade britânicas, entre elas a British Heart Foundation e a Prevent Breast Cancer, anunciaram o fim da sua ligação à escritora, após a divulgação de um e-mail de 2011 onde Fergie agradecia a amizade de Epstein, de quem terá recebido um empréstimo de 20 mil libras (cerca de 23.500 euros)
O silêncio das filhas e o livro que reacende o escândalo
A renúncia de André surge poucos dias antes do lançamento, a 21 de outubro, do livro póstumo "Nobody"s Girl", de Virginia Giuffre, a mulher que o acusou de abuso sexual quando tinha 16 anos.
Giuffre, que se suicidou em abril, relata no livro detalhes dos encontros que teria tido com o príncipe e critica "a arrogância de quem acreditava que tudo lhe era devido pelo nascimento".
A família de Virginia reagiu à decisão do duque como "um passo em frente para a justiça e para todas as sobreviventes de abuso".
As filhas de André e Sarah, as princesas Beatrice e Eugenie, não perdem os títulos., continuando a ser membros da família real por nascimento, embora não exerçam funções oficiais.
Para Sarah Ferguson, que há três décadas vive entre o dever e a polémica, o momento parece encerrar um ciclo. "A Duquesa pode ter desaparecido", escreveu recentemente um amigo próximo, "mas Sarah, a mulher, a mãe e a sobrevivente, continua firme."