A Santa Casa da Misericórdia de Braga formalizou, na sexta-feira, a ação de despejo da funcionária Maria Odete Silva e da filha de 18 anos.
A revelação foi feita pela própria funcionária, em declarações ao JN, à porta da casa que arrendou. Para Maria Odete, o despejo foi motivado por uma queixa que fez por racismo, após um acidente de trabalho.
A funcionária garantiu ter pago sempre a renda mensal de 500 euros e que, agora, não tem para onde ir, juntamente com a filha, de 18 anos.
"Estou sem poder trabalhar e fui alvo de um processo disciplinar com vista a despedimento por justa causa, que já impugnei, no Tribunal do Trabalho de Braga, isto é tudo uma vingança", considerou.
Segundo Maria Odete, o despedimento é ilegal, porque apenas deu uso ao seu direito de indignação, através de um protesto de rua. "Só denunciei o facto de estar há mais de dez meses sem receber qualquer apoio da seguradora (após o acidente de trabalho) e de estar a ser alvo de assédio na relação laboral, vítima de racismo e de um despejo da casa propriedade da Santa Casa da Misericórdia de Braga", sublinhou.
O JN tentou, sem sucesso, falar com o provedor da Santa Casa da Misericórdia de Braga, Bernardo Reis.