Mestre marceneiro tem de sair de loja histórica em Castelo Branco

Jorge Batista ainda está a negociar uma alternativa com o proprietário
Foto: Lídia Barata
Foi com tenra idade que Jorge Batista chegou à loja e oficina que o pai abriu em 1977 na zona antiga de Castelo Branco, quando a família regressou de França. Volvidos quase 50 anos, a vida tornou-o mestre da marcenaria, especializado em restauro. O espaço é uma referência do casco histórico, mas está a braços com uma ordem de despejo. O novo proprietário do edifício onde está instalada a oficina e armazém quer dar-lhe outro destino. O último marceneiro na cidade pode ter de fechar a porta no final do ano. A comunidade lançou uma petição pública para salvar a oficina do Batista.
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"Esta situação tira-me o sossego", desabafa ao JN. "Sou a segunda geração. Trabalhei sempre aqui, fui aqui criado e, agora, vejo-me nesta situação estranha". Na memória guarda o tempo em que, "dentro das muralhas, havia sete oficinas de marcenaria, carpintarias, latoeiros, funileiros e barbeiros". "Só na década de 1930 ou 40 começaram a ser rasgadas as avenidas, porque até aí a cidade era aqui dentro", recorda.
