O presidente da Concelhia de Barcelos do Chega, Joaquim Pinto do Vale, interpôs uma ação cível no Tribunal de Braga exigindo a Filipe Melo, deputado do partido na Assembleia da República, o pagamento de uma dívida de sete mil euros, resultante de empréstimos que lhe fez em 2024.
A ação declarativa comum, movida pelo advogado barcelense Firmino Lopes Silva, aponta que o parlamentar, que é o líder da Distrital de Braga do partido, pediu sete mil euros ao presidente da Concelhia em três empréstimos, em 2023 e 2024, que ficou de liquidar até ao Natal do ano passado, o que não fez.
Filipe Melo terá ainda solicitado um empréstimo de dois mil euros a uma mulher que trabalha como empregada doméstica na casa de Joaquim Pinto do Vale, e que também não devolveu.
O queixoso diz, na ação, que Filipe Melo e Pinto do Vale mantêm, há mais de quatro anos, "uma amizade que advém de serem militantes da mesma força política, e de participarem em convívios, comícios e campanhas eleitorais do Chega, não só no distrito de Braga mas também a nível nacional".
Aproveitando-se dessa relação de confiança, o deputado fez ao colega de partido diversos pedidos de empréstimo que nunca devolveu, apesar dos sucessivos lembretes para tal, seja através de conversas, telefonemas, mensagens e até por carta registada, enviada em junho. De acordo com a ação cível, Filipe Melo prometeu que liquidaria a dívida até ao final de 2024, depois de receber o subsídio de Natal, mas nunca pagou. Invocou "dificuldades económicas" do conhecimento público pelas quais estaria a passar.
O líder do Chega em Barcelos alude aos casos já relatados na Imprensa, de dívidas de Filipe Melo, ligadas ao pagamento da casa que comprou e ao colégio frequentado por um filho. Dívidas que terão sido, entretanto, resolvidas por acordos ou liquidadas.
O JN tentou contactar Filipe Melo, mas não conseguiu.