São Brás de Alportel

Operações na serra algarvia ainda mobilizam 400 operacionais

Ao final do primeiro dia de rescaldo do incêndio florestal que deflagrou, na quarta-feira, em Tavira e se alastrou a São Brás de Alportel, 417 operacionais permanecem no terreno nos trabalhos de "consolidação da extinção".

Segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil, domingo à noite estavam ainda mobilizados 111 bombeiros, 22 operacionais da Força Especial de Bombeiros e 284 elementos de outros organismos de socorro, apoiados por 75 veículos.

No combate às chamas chegaram a estar nos últimos dias mais de 1100 operacionais, mais de 200 veículos e 13 meios aéreos.

O fogo, que deflagrou numa zona de mato em Catraia (freguesia de Cachopo), Tavira, às 14.10 horas de terça-feira, foi dominado às 17.45 horas de sábado, admitindo a Proteção Civil que os trabalhos de extinção possam levar vários dias.

O presidente da Câmara de Tavira estimou que mais de 200 quilómetros quadrados de floresta e cultura arvense tenham ardido (o equivalente a um terço do concelho), repetindo uma previsão feita já na sexta-feira.

"Com base nos dados recolhidos numa primeira análise, estimamos que tenha ardido uma área superior a um terço do total do concelho", disse Jorge Botelho, remetendo "um balanço mais exato" durante a semana.

Segundo autarca, esta segunda-feira "será feita uma primeira reunião de avaliação, com os dados que estão a ser recolhidos no terreno", mas "só daqui a dois ou três é haverá uma avaliação mais exaustiva".

De acordo com Jorge Botelho, "a preocupação recai sobre as pessoas que perderam praticamente todos os meios de sobrevivência, nomeadamente a destruição das suas culturas".

Já o presidente da única junta de São Brás de Alportel, David Gonçalves, calculou que a área ardida no município seja de cerca de 20% a 35% do território concelhio, numa faixa de 30 a 40 quilómetros.

O autarca, que visitou os locais mais atingidos, referiu que a maior preocupação não é os bens que foram perdidos, mas as condições psicológicas das pessoas afetadas.

Segundo David Gonçalves, apenas durante a próxima semana os meios da câmara e da junta deverão reunir-se para avaliar o que foi perdido em termos de bens.

Redação