Mundo

EUA admitem que lançamento de míssil norte-coreano não seria surpresa

As tensões na península coreana têm aumentado desde dezembro LEE JAE-WON/REUTERS

Os Estados Unidos admitiram, esta sexta-feira, que o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte não seria uma surpresa, avisando Pyongyang que "novas ações provocatórias seriam de lamentar".

"Sabemos que a Coreia do Norte pode estar a preparar o lançamento de um míssil e estamos a acompanhar a situação de perto", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

Carney apontou que o regime de Pyongyang já lançou mísseis em outras ocasiões e nova ação do género estaria de acordo com "o atual padrão de ações e retórica belicosa e não construtiva".

Esta sexta-feira foi noticiado que Pyongyang instalou um segundo míssil de médio alcance perto da sua costa leste.

"Testes com mísseis que não façam parte de compromissos internacionais são uma provocação. A Coreia do Norte precisa de seguir as normas internacionais e respeitar as suas obrigações", disse à imprensa o porta-voz do departamento de Defesa, (Pentágono) George E. Little.

Várias resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) requerem que a Coreia do Norte se abstenha de quaisquer atividades nucleares e mísseis balísticos.

O Pentágono afirmou que irá instalar intercetores de mísseis nas bases em Guam, um território norte-americano a cerca de 3.380 quilómetros a sul da Coreia do Norte onde vivem 6.000 militares americanos.

As tensões na península coreana têm aumentado desde dezembro, altura em que a Coreia do Norte testou o lançamento de foguetes de longo alcance e em fevereiro ter realizado o seu terceiro teste nuclear, atraindo a imposição de novas sanções da ONU.

Little defendeu o atual exercício militar da Coreia do Sul em aliança com os Estados Unidos que enfureceu Pyongyang, afirmando que os Estados Unidos têm sido responsáveis e prudentes na forma como têm conduzido os ensaios militares que estarão em execução até 30 de abril.

Redação