As autoridades da Coreia do Norte propuseram esta sexta-feira à Rússia e ao Reino Unido que ponderem a retirada do seu corpo diplomático instalado em Pyongyang e já avisaram que, em caso de conflito, não garantem a segurança das embaixadas a partir do dia 10 de abril.
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O porta-voz britânico do Ministério dos Negócios Estrangeiros declarou que "a Coreia do Norte tem a responsabilidade, segundo a Convenção de Genebra de proteger as missões diplomáticas".
Segundo Denis Samsonov, porta-voz da embaixada da Rússia na capital da Coreia do Norte, as autoridades explicam essa proposta de retirada com "a deterioração da situação na Península da Coreia".
O diplomata acrescentou que "foi tomado conhecimento da proposta, mas, por enquanto, não há qualquer decisão".
A mesma proposta foi feita ao Reino Unido, noticia, esta sexta-feira, o jornal "The Telegraph".
Em Pyongyang, as embaixadas russa, britânica, chinesa e cubana situam-se muito próximas umas das outras.
A Coreia do Norte anunciou na quinta-feira ter aprovado o projeto de operações militares contra os Estados Unidos, incluindo eventuais ataques nucleares.
O exército norte-coreano declarou ter informado Washington que os norte-americanos seriam "esmagados" por "meios de ataque nuclear", considerando que os voos dos bombardeiros 'B-52' e 'B-2' norte-americanos sobre a Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos, tinham levado a um agravamento da situação.
Pyongyang ameaçou atacar Guam e Havai, além de ter capacidade para atingir a Coreia do Sul e o Japão, onde estão estacionados 28500 e 50 mil militares norte-americanos, respetivamente.
Tecnicamente, as duas Coreias continuam em guerra, uma vez que o conflito de 1950-53 não terminou com a assinatura de um tratado de paz.