Desporto

Federação de Canoagem diz que Fernando Pimenta é "assunto encerrado"

Mário santos deixou ainda um recado para o futuro, ao afirmar esperar que "os dois atletas - independentemente das decisões técnicas e estratégicas - tenham outro comportamento" Pedro Rocha/Global Imagens

O presidente da Federação Portuguesa de Canoagem garantiu esta segunda-feira que a questão Fernando Pimenta é "assunto encerrado" e que Portugal competirá nos mundiais da Alemanha sem o vice-campeão olímpico, depois deste ter recusado a seleção.

"É claramente assunto encerrado. Temos equipas definidas, os atletas foram convocados, os estágios marcados e vamos competir com a equipa com a qual Portugal pode contar. Vamos encontrar as melhores soluções para, mais uma vez, atacar os campeonatos com vista a resultados de mérito", afirmou Mário Santos.

Em declarações à Lusa, o dirigente disse que a situação foi resolvida já há algum tempo e deixou críticas a Fernando Pimenta - que rejeitou a seleção por não ir fazer K1 e criticou a federação de canoagem - e a Teresa Portela -- que se incompatibilizou com a equipa técnica e também abdicou -, recordando que o alto rendimento tem "regras que envolvem atletas, treinadores, federações e Comité Olímpico de Portugal".

"Os atletas são a razão de ser de tudo isto, mas têm de saber que isto é canoagem, um desporto em que treinam para competir em determinadas distâncias com determinadas regras. É importante pensaram nisso, porque o nome que levam nas costas é o de Portugal. A bandeira quando sobe é a portuguesa e não o perfil de fotos do Facebook. E quando ouvimos os hinos, não se trata da última marcha da fanfarra da vila", referiu, criticando o individualismo dos canoístas.

Mário santos deixou ainda um recado para o futuro, ao afirmar esperar que "os dois atletas - independentemente das decisões técnicas e estratégicas - tenham outro comportamento" e lembrando que "a canoagem se pratica dentro de água".

"A discussão na praça pública de questões técnicas e o pessoalizar situações em nada ajuda e o maior prejudicado com tudo isto é a modalidade", defendeu.

"O que a seleção espera para o futuro é o mesmo que o país também espera: temos objetivos muito claros de participação olímpica e [queremos] que todas as energias se concentrem nisso e não em questões laterais que se tornam principais quando não devia ser assim", acrescentou.

Quanto à próxima época, e independentemente de serem aplicadas sanções disciplinares aos dois atletas, o dirigente assegurou que a federação "contará com todos os que a queiram representar e consigam desempenho desportivo para isso", recordando, ainda assim, que esta "será intransigente".

"Iremos avaliar o que se passou nesta época. Temos os nossos planos até ao Rio2016, mas temos de avaliar época a época para tomar medidas de acordo com a realidade nacional e internacional, bem como os meios que temos em termos de atletas, técnicos e financeiros", esclareceu.

As duas importantes baixas na seleção - são os dois canoístas com melhores resultados internacionais nos últimos anos - não desmoralizaram Mário Santos, que promete "tentar o melhor desempenho possível com os que querem representar a seleção".

"Depois de uma época em que atingimos diversas finais com número alargado de atletas e um número significativo de medalhas em todas as competições internacionais, vamos encarar a competição com esse objetivo também", concluiu.

Fernando Pimenta alegou em declarações ao jonal "O Jogo" que a federação o queria expulsar do país, já que não o deixou participar na prova individual (K1) no Mundial de maratonas. Esta possibilidade teria sido uma promessa da federação de Mário Santos.

"É uma falta de respeito para comigo. Já não é a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a quarta", afirmou o medalhado olímpico português.

Redação