Mais de 500 pessoas foram mortas no ataque alegadamente perpetrado com armas químicas, nos arredores de Damasco, a 21 de agosto, indicou, este sábado, o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), referindo que se trata de um balanço provisório.
Até este sábado, "o OSDH registou 502 mortos, incluindo 80 crianças, 137 mulheres e dezenas de rebeldes, no massacre perpetrado pelo regime sírio nas aldeias de Ghouta oriental e ocidental", perto de Damasco.
Um relatório dos serviços de informações norte-americanos sobre o envolvimento das forças armadas sírias no ataque referiu que houve 1.429 mortos, dos quais 426 crianças.
O OSDH, uma organização não-governamental baseada no Reino Unido e que recebe informações de uma vasta rede de ativistas e de fontes médicas civis e militares através da Síria, tinha registado na semana passada 322 mortos.
A mesma organização não-governamental disse que obteve de médicos "informações e testemunhos que mostram que a maior parte das pessoas morreram após terem sido expostas a gases tóxicos".
A oposição síria e alguns países ocidentais têm acusado o poder de ter lançado um ataque com armas químicas a 21 de agosto, mas o regime sírio nega e atribui a responsabilidade aos rebeldes.
A ONU enviou uma missão de peritos ao local. Esta equipa deixou hoje a Síria depois de ter recolhido amostras, nomeadamente de sangue, urina e cabelos, que agora têm de ser analisadas, o que pode demorar semanas.