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Negociações para libertar reféns de jiadistas estão num "impasse"

Primeiro-ministro japonês confia na gestão das negociações a cargo a Jordânia Toru Hanai/Reuters

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão disse, este sábado, que as negociações com o Estado Islâmico que ameaça executar um piloto jordano e de um jornalista japonês vivem um "impasse".

Yasuhide Nakayama, que lidera a equipa de negociações em Amã, disse aos jornalistas na capital jordana na sexta-feira à noite que não tinha havido progressos na tentativa de tentar garantir a libertação do jornalista Kenji Goto e do piloto Maaz al-Kassasbeh.

"Atingiu-se um impasse", afirmou, segundo a estação pública japonesa NHK.

Yasuhide Nakayama insistiu que o Governo está a analisar e a partilhar toda a informação possível em conjunto com o Executivo jordano, que visa a libertação do piloto Muaz Kasasbeh, sequestrado em dezembro.

O Estado Islâmico fez, esta quinta-feira, um novo ultimato que estabelecia como data limite "o pôr-do-sol, hora de Mossul" desse mesmo dia, ameaçando executar os dois reféns caso não fossem cumpridas as suas exigências, um prazo que expirou.

O Estado Islâmico ameaçou matar o japonês Kenji Goto e o piloto jordano Muaz Kasasbeh caso Amã não libertasse a jiadista iraquiana presa e condenada à morte Sayida al Rishawi.

As últimas horas foram vividas num ambiente de crescente tensão no Japão depois de a troca ter sido aparentemente bloqueada, uma vez que Amã pediu uma prova de vida do piloto jordano antes de cumprir a exigência do grupo radical.

Tóquio mantém "total confiança" na gestão da crise por parte da Jordânia, disse hoje o porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga, em conferência de imprensa, escusando-se, porém, a tecer mais comentários sobre o atual ponto de situação das referidas negociações ou o estado dos reféns.

Kenji Goto foi feito refém presumivelmente em finais de outubro, enquanto o piloto Maaz al-Kassasbeh foi capturado a 24 de dezembro depois do seu avião, um F-16 da Força Aérea da Jordânia, ter caído na região de Raqqa, no norte da Síria.

Redação