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Onovo terminal rodoviário de Sete Rios, em Lisboa, foi ontem inaugurado pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, António Mexia, e pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carmona Rodrigues, na presença dos representantes das principais operadoras de transporte. Ambos salientaram a "qualidade do espaço" e "as características únicas para a intermodalidade", mas os utilizares do terminal não tardaram a encontrar falhas no equipamento.
Falta de bancos para a espera, pouca ou nenhuma sinalização na estação de metro, muito calor e uma escada muito íngreme que liga o terminal à estação de comboio, metro e praça de táxis foram algumas das queixas ouvidas pelo JN, logo após a inauguração. Embora a maioria dos passageiros admita que as condições são melhores que no Arco do Cego e que a zona tem mais acessos, todos dizem que um espaço novo tinha de ser melhor.
"Não existem lugares suficientes para as pessoas se sentarem. As pessoas estão em cima das bagagens", notou Jorge Pereira, defendendo que a escada rolante para quem sai do metro é "muito estreita" para quem viaja com malas. No sentido descendente, a situação ainda é pior, visto que tem de se carregar as bagagens a pé. Marlene Fernandes considera que "há pouco espaço para as pessoas circularem entre as bilheteiras e a zona de espera" e que o terminal é "abafado". Manuela Pedro diz que "o espaço é mínimo" e não vê onde é que as pessoas se vão espalhar no Inverno.
Carmona Rodrigues garantiu que estas situações serão resolvidas e que haverá um tapete rolante para o transporte das bagagens e uma cobertura no trajecto para o abrigo da chuva. O presidente da CML explicou que o terminal se insere num projecto com várias dimensões, que está dependente da elaboração de um plano de pormenor. O objectivo é permitir alguma edificabilidade e compensar financeiramente o Fundo de Pensões do Metropolitano de Lisboa, que cedeu gratuitamente os terrenos.