Governo pondera reduzir área de preservação ambiental para exploração de diamantes
O Governo brasileiro poderá aprovar uma medida para reduzir a área de preservação de um importante parque florestal de Minas Gerais para ser utilizada na exploração de diamantes.
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A previsão é de que uma área de 76,4 mil hectares, que atualmente fazem parte do Parque Nacional da Serra da Canastra, passe a ser classificada como "monumento natural", o que abre espaço para a instalação de propriedades privadas e realização de actividades económicas.
Deste espaço, dois pontos específicos - que compreendem uma área de 2.159 hectares - serão abertos especificamente à pesquisa e à extracção de diamantes.
Segundo uma estimativa do jornal, a exploração de diamantes nessa região poderá levar o Brasil a tornar-se um dos dez maiores produtores mundiais.
A reportagem cita um estudo realizado em 2006, pela Casa Civil, que estima em 2,6 milhões de quilates a produção anual que se poderia ter a partir da exploração do local.
A Namíbia, actualmente o oitavo produtor mundial de diamantes, produz aproximadamente 2,2 milhões de quilates anuais.
A proposta de exclusão deste terreno da área de preservação do Parque foi incluída numa Medida Provisória que já previa alterações nos limites de outras reservas florestais na região amazónica.
A expectativa é de que a medida seja votada ainda esta semana.
O Parque Nacional Serra da Canastra encontra-se na região centro-sul do Estado de Minas Gerais e compreende uma paisagem que transita entre a mata Atlântica e o início do cerrado. No local, encontra-se também a nascente do rio São Francisco, de grande importância histórica para o país.