O Ministério Público do Rio de Janeiro denunciou os 11 polícias militares envolvidos no assassínio da juíza Patrícia Acioli, morta com 21 tiros quando chegava à sua casa, no dia 11 de Agosto.
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Os acusados responderão por homicídio triplamente qualificado e formação de grupo armado, segundo informações da imprensa local.
O Ministério Público fluminense pediu ainda a transferência do ex-comandante coronel Cláudio Luiz Oliveria e do tenente Daniel Benitez para um presídio fora do Rio de Janeiro, onde ficarão sob o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
A punição recebe este nome por ser um regime prisional mais duro, no qual o preso fica isolado. A intenção é garantir que os indiciados não interferiram no processo com ameaças a testemunhas.
A descoberta do envolvimento de um alto oficial da PM no caso levou, no mês passado, ao pedido de demissão do então comandante-geral da instituição, coronel Mário Sérgio Duarte.
Na ocasião, o ex-chefe da polícia militar do Rio de Janeiro assumiu sua responsabilidade pela nomeação do coronel tido como mentor do crime.
A juíza Patrícia Acioli julgava com frequência crimes cometidos por polícias corruptos e ligados a grupos de extermínio. A magistrada tinha fama de "linha-dura", sempre a agir de maneira rápida e eficaz na punição dos criminosos.
No dia 11 de Agosto, Patrícia Acioli foi vítima de um homicídio programado por polícias cujo processo ela estava a julgar.