Festival de quatro dias arranca esta quarta-feira e conta ter mais de 200 mil espectadores. Metallica, The Strokes, Imagine Dragons, Florence + The Machine e Da Weasel são cabeças de cartaz.
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A 14.ª edição do Nos Alive promete o "melhor regresso de sempre" do festival, com alguns dos nomes mais consagrados do panorama musical. Ao todo, são 165 artistas em sete palcos entre hoje e sábado, no Passeio Marítimo de Algés, em Lisboa. Há atuações para todos os gostos e algumas nunca antes vistas em Portugal, como Phoebe Bridgers, figura proeminente do indie folk, e Hope Tala, estrela em ascensão do R&B, que atuam no Palco Heineken, o segundo maior. Mas os holofotes apontam para os grandes regressos.
Mais de dez anos depois, o heavy metal dos Metallica torna a ecoar no Palco Nos; a princesa R&B Jorja Smith volta após uma das atuações mais aplaudidas em 2019; e a banda britânica de indie rock Florence + The Machine e o pop rock dos Imagine Dragons carimbam a terceira atuação no festival. De volta está também o rock de Julian Casablancas com os Strokes, os War on Drugs e a festa neo-soul dos Jungle.
Da Weasel é ponto alto
"Os maiores artistas têm passado todos pelo Alive e este ano o cartaz é de cortar a respiração", diz Álvaro Covões, diretor da promotora Everything is New, que produz e organiza o festival.
Há nomes incontornáveis em cada dia, mas desde 2020 que o público português aguarda com expectativa o reencontro dos Da Weasel, considerado "um dos pontos altos" deste ano.
"Ao fim de 12 anos vamos poder assistir ao vivo a um espetáculo dos Da Weasel e obviamente as pessoas valorizam muito a exclusividade, porque é isso que marca os festivais", diz Covões. A banda de Carlão, Virgul, Jay, DJ Glue, Quaresma e Guilherme Silva reúne-se para uma atuação inédita no sábado, último dia do festival e o primeiro a esgotar.
O Palco Heineken tem 26 atuações, com destaque para o rock de Modest Mouse e o pós-punk dos irlandeses Fontaines D.C. (atuam hoje). Amanhã, brilha Dino D' Santiago, que tem na voz a tradição cabo-verdiana e o peso contemporâneo da eletrónica, ainda o quarteto rock Inhaler, que tem nas vozes Elijah Hewson, filho do líder dos U2, Bono, e o músico de blues Seasick Steve. As estreias da rapper M.I.A e de St. Vincent (soft rock) no Alive marcam a sexta-feira. No último dia, o público abraçará o ícone do rock nacional Manel Cruz e a eletrónica de Caribou.
Nesta constelação de artistas há espaço para estrelas emergentes como Jura, Amaura, as DJ Uma Africana, Rita Lig e o trio portuense Basilda (Palco Coreto). O legado nacional é ainda perpetuado no Palco EDP Fado Café, com Cuca Roseta, Sara Correia e Marco Rodrigues. Apesar de não ter género, nem nacionalidade, "a música portuguesa sempre foi importante", reconhece Álvaro Covões. Nesta panóplia de sonoridades, há também lugar para a comédia, que tem palco próprio (Herman José, Salvador Martinha, Beatriz Gosta e Tio Jel).
Dois dias já esgotados
Com os tempos de clausura já lá atrás, o público responde positivamente. Sexta e sábado já estão esgotados e a organização estima atingir a lotação máxima do recinto também amanhã. "A expectativa é ter três dias esgotados, com 55 mil visitantes, e o primeiro dia com 45 mil". Ao todo serão 210 mil espectadores em potência.
O Alive é reconhecido internacionalmente: "Até agora, já identificamos 96 nacionalidades, entre elas a portuguesa", alerta Álvaro Covões. Ao longo de quatro dias passarão pelo Passeio Marítimo de Algés cerca de 25 mil turistas, maioritariamente de países europeus, mas há também quem faça mais de 16 mil quilómetros e venha da Austrália para conhecer um dos maiores festivais portugueses de verão.
A tomar nota
Bilhetes a 69 euros
Ainda é possível comprar ingressos para hoje e amanhã. O bilhete diário custa 69 euros; o passe para dois dias fica por 136 euros.
Top 10 de países
Reino Unido e Espanha são os países que mais bilhetes compraram (5 mil cada), seguindo-se França, EUA, Alemanha, Suíça, Itália, Irlanda e Bélgica.