Três anos após a invasão da Ucrânia, cancelamento da cultura russa diminui e apoio a artistas ucranianos também.
Corpo do artigo
“Se o primeiro impacto foi muito claro, este foi esmorecendo e o apoio tem cada vez menos expressão”, diz taxativamente Pedro Penim, diretor artístico do Teatro Nacional Dona Maria II (TNDM II). Passaram três anos. O conflito entre a Rússia, país agressor, e a Ucrânia, país invadido e agredido, gerou repercussões profundas nas artes, abrindo trincheiras entre quem é contra e pró-Putin.
A bailarina Svetlana Zakharova, estrela do Bolshoi Ballet e do Teatro La Scala, tornou-se símbolo involuntário da crise, recebendo ataques devido à sua nacionalidade russa e origens ucranianas. Várias companhias russas enfrentaram cancelamentos: a Royal Opera House, em Londres, anulou a digressão do Bolshoi Ballet, enquanto o Russian State Ballet of Siberia viu espetáculos suspensos no Reino Unido. Em Milão, o maestro pró-russo Valery Gergiev foi afastado do Teatro La Scala, situação replicada no Carnegie Hall, em Nova Iorque, e na Filarmónica de Munique.
