Em exibição na Casa do Cinema de Coimbra desde o passado dia 21, o documentário de Anne Cutaia e Sophie Peyrard "Patti Smith: Electric Poet" (em português "Patti Smith: Poeta do Rock") tem a sua última sessão diária agendada para esta quarta feira (29) às 15 horas. Nesta terça, a sessão começa às 17.30 horas.
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Tendo por base arquivos raros e de concertos míticos, o documentário mostra a vida de Patti quando, aos 20 anos, deixa Nova Jérsia e parte para Nova Iorque, apenas com um livro de Arthur Rimbaud e uma câmara Polaroid na mochila, procurando a liberdade de que tanto precisava.
Dentro das paredes do boémio Chelsea Hotel, onde viveu durante anos com o fotógrafo e eterno amigo Robert Mapplethorpe, Patti relacionou-se com todo o tipo de artistas, desde pintores, compositores e aspirantes a atores até aos grandes nomes da música que marcaram a época, como Janis Joplin e Jimmi Hendrix.
Todos os artistas que cruzaram o seu caminho acabaram por, de alguma forma, influenciar a futura carreira da poetisa e cantora, aspetos que a própria Patti descreveu no seu primeiro livro de memórias "Apenas Mmúdos", lançado em 2010, e que aborda precisamente este período da sua vida.
A menina que se sentia alienada desde criança abanou os alicerces do rock nos anos 1970, com a sua atitude irreverente, estilo andrógino e fusão de poesia com música. A chama ateada pela "madrinha do punk" arde há mais de 50 anos, e promete continuar a queimar.
"Patti Smith: Electric Poet" descreve o percurso desta poetisa insaciável, autora sensível, fotógrafa e música que se tornou num ícone do rock e numa das maiores artistas dos nossos tempos. Os bilhetes para as sessões deste cine-concerto documental custam 6 euros.