Em franca aceleração rumo ao fim de semana, detemo-nos "entre a lua, o caos e o silêncio: a flor", título de uma ambiciosa antologia de poesia angolana editada recentemente pela Guerra e Paz. Mas não só...
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É a mais abrangente antologia da poesia angolana e nela tanto encontramos nomes familiares para os leitores portugueses (José Eduardo Agualusa, Ondjaki, Manuel Rui...) como muitos outros que não gozaram dos favores do tempo.
Há no impressionante volume "Entre a lua, o caos e o silêncio" abundantes motivos para que nos percamos na sua leitura, como é disso exemplo este breve excerto de "Como se mede um espaço", de Ruy Duarte de Carvalho (1941-2010):
"Quanto de luz há que colher
pela manhã
em destemidos haustos e contracções doridas
para medir,
pairando na distância
a referência escassa de uma notícia grata?"
O nome remete apenas para um género, mas, na verdade, o Figueira Jazz Fest é tudo menos um reduto fechado. A partir desta quinta-feira e até sábado, o festival convoca os melómanos... E não apenas os do jazz. Ou não fosse a fusão uma das traves mestras do festival, que aposta no diálogo com o fado e música ligeira. Esses predicados estão bem explícitos no concerto de abertura: intitulado "Entre Paredes", o tributo a Carlos Paredes junta o Sexteto de Bernardo Moreira com Cristina Branco e o guitarrista Bernardo Couto. Sexta traz-nos outro espetáculo inédito, em que Ricardo Ribeiro e Paula Oliveira são os protagonistas de uma sessão que aproxima os universos do fado e do jazz. No encerramento, Maria Mendes far-se-á acompanhar por três instrumentistas num tributo ao património musical português. A entrada diária no festival custa 5 euros. Quem optar pelo passe terá que desembolsar 10 euros.
Até que ponto uma canção é uma obra acabada? O debate não é novo, mas ganha nova atualidade sempre que escutamos novas versões de músicas célebres. Há poucos dias, o músico e cineasta argentino Fito Páez, estrela de primeira grandeza no seu país, "atreveu-se" a fazer uma adaptação de "Radio, radio", tema que Elvis Costello & The Attractions gravaram em 1978:
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Divulgada há dias, a nova música de James Blake adensa a curiosidade em torno do seu próximo disco, "Friends that break your heart", com lançamento previsto já para o dia 10.
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A forte toada atmosférica da canção deixa bem evidente a influência do coprodutor Take a Daytrip, cujo portefólio sonoro inclui colaborações com Kanye West, Lil Nas X e Jack Harlow.
Responda pelo nome artístico de Puff Daddy , Diddy, P. Diddy ou até Puffy (!!!), Sean Combs é sempre o mesmo: um artista em busca de constantes novos desafios. Na edição deste mês da "Vanity Fair", a professora e socióloga Tressie McMillan Cottom esboça o retrato de quem não vive sem reinvenções permanentes.