Amy Winehouse foi encontrada morta, este sábado, na sua casa de Londres. Tinha 27 anos e vivera uma vida cheia de polémicas, à custa das drogas e do álcool. E tinha uma grande voz, tão desperdiçada quanto a sua juventude.
Corpo do artigo
A notícia espalhou-se com alguma dose de incerteza, pois nos últimos anos tinham sido várias as vezes em que a Internet avançara com a morte da cantora. Até havia um site em que se apostava na data do funesto acontecimento. Este sábado, porém, foi verdade. A Polícia de Londres confirmou que a cantora morreu. As especulações, essas, apontam o dedo ao excesso de drogas.
A morte da britânica Amy Winehouse foi declarada no local pelas equipas médicas que responderam à chamada de emergência, feita pouco depois das 16 horas.
Segundo um comunicado oficial, "a Polícia foi chamada pelo serviço de ambulâncias de Londres a uma morada de Camden Square", na sequência de "informações que davam conta de uma mulher encontrada morta".
Os médicos nada puderam fazer pela cantora, cujo estado de saúde - física e mental - havia muito tempo que claudicava. Desde que se tornou conhecido o seu primeiro internamento devido ao consumo de drogas, em 2007, foram muitas as tentativas que a artista fez no sentido da desintoxicação.
O casamento com Blake Fielder-Civil também não terá ajudado a dignificar a sua existência.
Os sucessivos casos de cancelamento de concertos - mais recentemente, até de toda uma digressão, a que iria fazê-la regressar a Portugal - já não constituíam grande novidade. Pouco tempo depois da passagem da cantora pelo Brasil, o próprio agente deixou de acreditar na recuperação.
"Talento enorme"
Em declarações ao JN, Luís Montez, promotor que seria responsável pela vinda de Amy Winehouse ao Festival Sudoeste, no próximo mês, lamentou o desamparo em que a artista se encontrava.
Amy apenas gravou dois álbuns de estúdio. O primeiro, sob o título Frank", foi lançado em 2003 e mereceu elogios de alguma crítica. Mas seria "Back to black", surgido três anos mais tarde, a dar-lhe cinco Grammy, em seis nomeações. Só lhe escapou o título de álbum do ano e Amy tornou-se a primeira cantora britânica a levar para casa uma mão cheia de tão cobiçados prémios.
A intermitente cantora também entrou para o macabro "Clube dos 27", em que constam grandes figuras da música desaparecidos aos 27 anos. Juntou o seu nome aos de Kurt Cobain, vocalista dos Nirvana, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison, líder dos Doors, e Brian Jones, que foi fundador dos Rolling Stones.
Amy Winehouse esteve na passada quarta-feira no Festival iTunes, em Londres, naquela que foi a sua última aparição pública. Segundo o site "NME", na altura, a cantora abraçou a sua afilhada Dionne Bromfield, tendo dançado com ela.
O úlitmo concerto da cantora foi na Sérvia, onde actuou embriagada, tendo sido vaiada pelos fãs.