Há mais gente acima dos 30 anos no segundo dia do festival de inverno, no Altice Forum Braga. Ainda assim, há muita juventude a vibrar com Cherfin, no segundo dia do Authentica.
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A organização do Authentica apontou uma programação mais jovem para o palco Urban, no dia em que no palco principal são esperados The Kooks e James. Às 20.30 horas a divisão etária já se notava, os pais seguiam para a nave principal para ouvir Cian Ducrot e os filhos ficavam no palco exterior a vibrar com o rapper carioca Chefin.
A organização prevê receber 12 mil pessoas nesta noite em que são ainda esperados The Kooks(21.25), James (23.00) e os DJ’s Padre Guilherme (00.45) e André Salvador (02.30), no palco Authentica, e L7nnon (21.55) e Maskarilha (23.30), no palco Urban. Num recinto com capacidade para 30 mil pessoas, as bilheteiras, à entrada do recinto, continuam a vender bilhetes.
A chegada dos avós ao Authentica
Com The Kooks a cantar para uma nave quase cheia, continuavam a chegar pessoas ao Altice Forum Braga, agora os maiores de 45. Alguém comentou que o Authentica é “uma mistura de Sumol Summer Fest e de Vilar de Mouros”, porque apela aos adolescentes, aos jovens e à geração dos pais e mesmo de alguns avós. Eduardo, de 53 anos, veio com o filho, Miguel, de 23, o mais velho para ouvir James “pela milésima vez” e o filho “para curtir The Kooks”.
Apesar das preferências individuais, ambos gostam das duas bandas e fazem companhia um ao outro “sem sacrifício”. “Depois vamos ver se resta energia para ficar a ouvir o set do padre Guilherme. Nunca ouvimos e temos muita curiosidade. Um padre dj, a animar um festival fora de horas, é qualquer coisa fora da caixa”, afirma Eduardo.
James põem o Authentica ao rubro
Os James têm uma relação especial com o público português. A tocar pela primeira vez em Braga, encheram a nave do Altice Forum. Romperam com a regra de não tocar “Laid” e “Sit down” no mesmo concerto para dar uma prenda de Natal ao público que encheu a nave esta noite. Os saudosistas da década de 90 juntaram-se a alguma malta mais nova e criaram um dos momentos mais animados do festival. Tim Booth passou mais tempo nas mãos do público do que em cima do palco. “Born of frustration” foi cantado, praticamente de fio a pavio, a surfar em cima do público.
A banda formada em Manchester, em 1982, a entrar no 43º ano de atividade, animou o público com os velhos clássicos, mas também com temas novos como “Shadow of a giant” ou “Way over head”, do álbum Yummy, editado este ano.
Já há datas para o próximo ano
Marco Polónio, diretor do Authentica, ainda com o dj set do Padre Guilherme em fundo, mas já em jeito de balanço, congratulou-se “por os objetivos para a edição deste ano terem sido todos superados”. O organizador deixou a garantia da realização de uma quarta edição, em 2025.
“No próximo ano, vamos antecipar o festival para 17 e 18 de outubro. Queremos oferecer mais experiências aos festivaleiros e, em dezembro, a maior parte das turnês já terminaram, o que torna difícil trazer alguns nomes”, refere Marco Polónio. “Porém, o conceito mantém-se, continua a ser um festival de inverno”, acrescenta.