"We must take action! /Devemos agir!", é o tema da próxima Bienal Internacional de Arte de Vila Nova de Cerveira, que estará de regresso de 16 de julho a 31 de dezembro de 2022.
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A futura edição foi apresentada na "vila das artes", este sábado, assinalando de forma simbólica o 20.º aniversário dos atentados do 11 de setembro. E associando as preocupações com a realidade mundial com a temática escolhida para o evento do próximo ano.
"Com 44 anos, a bienal mais antiga da Península Ibérica e aquela que é uma das estruturas de programação artística contemporânea mais relevante do país, quer também agir e colocar os artistas a pensar o Mundo e as suas emergências globais que a todos afetam", declarou Cabral Pinto, Diretor Artístico da Bienal de Cerveira, referindo que "a arte tem de estar no centro da discussão dos problemas que são de todos nós".
"O ambiente e a sustentabilidade" estão entre as "questões urgentes" propostas para reflexão pela comunidade artísticas e o público próxima edição. "Como alguém afirmou, a arte também é uma arma", acrescentou Cabral Pinto.
Na mesma linha, a curadora Helena Mendes Pereira, que também interveio na apresentação do evento, recordou o 11 de setembro como "a tragédia que há 20 anos mudou o Mundo". E sublinhou que "a Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira quer recuperar este estatuto de espaço de disrupção e colocar a sua agenda alinhada com a agenda global, assumindo a arte e a cultura, como veículos privilegiados para mudar o Mundo".
Destaque para a homenagem à artista Helena Almeida (1934-2018), 38 anos depois da sua participação na bienal. Foi premiada em 1984 com a obra "Saída Negra".
Além do artista homenageado, o evento contemplará um concurso internacional, projetos curatoriais, artistas convidados, representações de instituições de ensino superior, performances, residências artísticas, "workshops", ateliês infantis, conferências e debates e visitas guiadas.
E em 2022, prosseguirá "o processo de transformação digital que marcou a edição de 2020", mantendo um formato "híbrido", que conjuga exposições e eventos de fruição presencial, com atividades no meio digital.
Na última edição (2020) foram apresentadas mais de 350 obras de cerca de 370 artistas de 38 países.