C. Tangana brindou a um concerto memorável na noite de copo meio cheio para DaBaby
Na segunda noite do Super Bock Super Rock, o "rapper" espanhol foi o "rei", enquanto o norte-americano pouco cantou, atrasou-se e não parou de incentivar à "mosh".
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Um palco repleto de mesas para amigos músicos, cumplicidade entre os artistas e a oportunidade de cada um brilhar: C. Tangana foi o "rei" do Super Bock Super Rock na noite desta sexta-feira, não só pelo espetáculo a solo que conquistou o público nos primeiros acordes de "Ateo" ou "Demasiadas Mujeres", mas pela generosidade da partilha com quem o acompanhava nos mais diversos instrumentos, que permitiu, a cada um, brilhar a solo, em vários temas de "flamenco" ou até num "piscar de olho" a Cuba com "Muriendo de Envídia". Por entre vários brindes e muitos "salud" de copo levantado, o artista mostrou-se, ainda, sedutor, ao trocar uns passos de dança sensuais com as bailarinas que o acompanharam.
O músico de Madrid deu, até agora, o melhor espetáculo do festival, que foi obrigado a mudar-se do Meco para o Parque das Nações, em Lisboa, devido ao estado de contingência por causa dos incêndios.
Com 45 minutos de atraso surgiu em palco DaBaby. O "rapper" norte-americano, que é atualmente o campeão de vendas nos Estados Unidos, demorou a aparecer e, até ao momento em que deu um ar da sua graça, foi um "set" de DJ"s e muitas labaredas e fumo a entreter o público, com apelos constantes a "façam barulho" e a "mosh pit" - uma frase repetida até à exaustão, com as primeiras filas da plateia a cumprir à risca o incentivo.
O cantor de êxitos como "Levitating" e "Rockstar", que foi censurado nos Estados Unidos por declarações consideradas homofóbicas e misóginas, num concerto em Miami, pouco cantou e escudou-se num repetitivo "lets go", até abandonar o palco, 45 minutos depois de ter aparecido. Valeu o contacto perto do público, de quem chegou a estar nos braços.
Ao início da noite entrava em palco a argentina Nathy Peluso. Dona de uma energia impressionante, dançou, saltou (à corda) e correu pelo palco, naquilo que se assemelhou a uma aula de aeróbica. O suor ficou entregue ao som de músicas como "Sana, Sana" ou "Buenos Aires".
A noite na Altice Arena terminou com o espetáculo dos Hot Chip, já passava das duas da manhã, e, com um terço da sala a aplaudir, a banda britânica de música eletrónica cumpriu o seu papel e pôs toda a gente a dançar.
No dia em que, pela Sala Tejo, estavam previstos nomes como Daft Funk Live, Rui Vargas e Sofi Tukker DJ set, foi Capicua a estar em evidência. A artista começou por aparecer quando ainda não estava meia casa, mas, à medida que o tempo foi passando, a Sala Tejo ficou praticamente cheia. "Sejam bem-vindos, foram dois anos à espera desta apresentação, é mais do que motivo para celebrar", referiu a intérprete que, entre outros temas, pôs todo o público a dançar com o "hit" "Circunvalação".