Theatro Circo de Braga praticamente esgotado para a estreia ao vivo, este sábado, dos Cara de Espelho. O novo femómeno da música portuguesa junta elementos dos Deolinda, Ornatos Violeta, A Naifa, Humanos e Gaiteiros de Lisboa.
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A estreia nacional dos Cara de Espelho é este sábado à noite, a partir das 21.30 horas, no Theatro Circo, em Braga, a sala escolhida para acolher a primeira apresentação pública do supergrupo que nasceu de músicos conhecidos por outros projetos como Deolinda, Ornatos Violeta, A Naifa, Humanos ou Gaiteiros de Lisboa. A riqueza da música popular e tradicional portuguesa dá o mote para canções de intervenção e de celebração da liberdade.
O ponto de partida são as palavras e as composições de Pedro da Silva Martins (Deolinda) às quais se associam as construções de instrumentos de Carlos Guerreiro (Gaiteiros de Lisboa), o baixo de Nuno Prata (Ornatos Violeta), as guitarras de Luís J. Martins (Deolinda) e as percussões de Sérgio Nascimento (Humanos e Deolinda), para servir a voz de Maria Antónia Mendes (A Naifa, Señoritas).
“As nossas canções são sobretudo canções que celebram a liberdade, têm essa particularidade. O ciclo normal seria já termos lançado o disco antes, mas coincidiu fazê-lo agora, numa altura em que estamos a assinalar 50 anos desde o 25 de abril”, revela Pedro da Silva Martins na antecâmara do início da digressão nacional da nova banda.
O compositor sublinhou que estas são “canções feitas para estes elementos” que integram o projeto, moldando-se às características de cada um dos músicos, ao mesmo tempo que são “pertinentes com a época” em que vivemos, estando “atentas à realidade e a este momento” atual.
“Nenhum de nós está numa de mostrar trabalho para provar que é melhor do que seja quem for. Cada um de nós encontrou o seu lugar neste grupo”, acrescentou Carlos Guerreiro, que se notabilizou pelo trabalho feito nos Gaiteiros de Lisboa e que agora parte “com muita expectativa” para este novo projeto.
Em março vão a Loulé, Lisboa e Porto
Nesta estreia ao vivo, além dos 12 temas que compõem o disco "Cara de Espelho", a banda irá apresentar também temas inéditos, e ainda não editados, que poderão ser ouvidos pela primeira vez em Braga.
O facto de a sala principal do Theatro Circo estar praticamente lotada é um “voto de confiança” no trabalho da banda, que lançou os primeiro singles (“Corridinho português” e “Político antropófago”) em outubro.
“Há sempre a ansiedade de mostrarmos uma coisa nova e de tocarmos pela primeira vez estas canções perante o público. Termos a sala cheia ou praticamente cheia é um voto de confiança em nós”, frisou Pedro da Silva Martins.
Depois do Theatro Circo, os Cara de Espelho vão passar, em março, por Loulé (Cineteatro Louletano, no dia 2), Lisboa (Teatro Maria Matos, nos dias 4 e 5) e Porto (Casa da Música, no dia 16). Os bilhetes estão à venda nos locais habituais.