Há dois anos que o festival Primavera Sound no Porto encara o desafio de aliar um bom serão de música ao vivo com boa gastronomia. O Prima by Sogrape trouxe ao evento um aspeto inovador: serviços de refeições à mesa que conquistaram o apetite do público. Este ano o menu será elaborado por vários chefs de renome.
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À semelhança do que aconteceu nas edições de 2022 e 2023, o restaurante Prima by Sogrape volta a ser uma das assinaturas do Primavera Sound. Os chefs Vasco Coelho Santos, proprietário do famoso Euskalduna Studio, galardoado com uma estrela Michelin, e Mauricio Ghiglione, responsável pelo popular restaurante argentino, Belos Aires, aceitaram novamente o desafio e trazem convidados para preparar, em conjunto, "um menu de degustação exclusivo composto por quatro momentos e harmonizado com vinhos da Sogrape". Quem desvenda a aposta é Ana Campos Neto, responsável pela área de restauração do festival, que se mostrou bastante otimista com "esta nova dinâmica de convidar outros chefs, porque as pessoas estão a ficar muito curiosas".
Ana Neto não esconde o que sempre interessou ao Primavera Sound "desafiar restaurantes locais, trazendo alguma qualidade ao festival, também em termos gastronómicos". Explicou que o Prima by Sogrape "é uma continuação desse cuidado, onde as pessoas podem comer de forma tranquila e serem servidas, que é uma coisa que não acontece no recinto. É um serviço de qualidade que traz ao festival uma mais-valia. Seria ótimo que outros festivais pudessem seguir essas experiências porque, no fundo, é uma forma de inovar".
Experiência custa 60 euros
Ao longo dos três dias de festival, o restaurante Prima contará com novos menus (entradas, dois pratos principais e sobremesa desenhados diariamente) e chefs convidados. Na quinta-feira, dia 6, marca presença o chef Diogo Formiga, do Encanto - o primeiro restaurante vegetariano ibérico a ganhar uma estrela Michelin – acompanhado por Ghiglione. Na sexta-feira, dia 7, a agenda alarga-se para receber Mirna Gomes sous chef do Mito; Angélica Salvador, do IN Diferente; Aurora Goy, do Apego; e Rafaela Louzada, do Gruta. Para finalizar, sábado, dia 8, Vasco Coelho Santos e o parisiense Julien Montbabut, do Le Monument, tomam as rédeas da cozinha.
Sem revelar os detalhas dos menus, Ana Neto, confessa que a duas semanas do arranque do festival - que acontece nos dias 6, 7 e 8 de junho, no Parque da Cidade, no Porto - "as reservas estão bastante ativas", um resultado que acredita ser fruto do trabalho que o festival tem vindo a construir e que tem conquistado, sobretudo, o público internacional. "Temos uma percentagem de público estrangeiro bastante alta. E eles, sem dúvida alguma, gostam imenso desta iniciativa. Temos muitos seguidores destes chefs que aproveitam o momento e inscrevem-se, porque querem aproveitar para ver, por exemplo, a chef Aurora Goy a cozinhar ao vivo durante um concerto. Sentimos que a cada ano o Prima gera mais atenção e interesse por parte do público local."
A experiência tem o custo de 60€ por pessoa e as reservas, divididas por três turnos diários - o primeiro com início às 18.30 horas - podem ser feitas através da aplicação "The Fork". No entanto, o festival vai disponibilizar um lote de reservas para quem quiser comprar bilhete no local.