Festival de Artes Performativas traz a Vila do Conde durante nove dias espetáculos que vão desde a dança ao teatro, passando pela performance, música e até cinema.
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São dez espetáculos – três de dança, três de performance, outros tantos de música e um de teatro -, três workshops, uma exposição, uma sessão de cinema, um lançamento de livro e o já habitual lançamento do jornal “Coreia”, tudo para ver em nove dias de festival. Será assim a 19.ª edição do Circular - Festival de Artes Performativas. É de 22 a 30 de Setembro em Vila do Conde. A abrir o aclamado coreógrafo francês Christian Rizzo.
O Circular, explica a diretora Dina Magalhães, afirma-se, cada vez mais, como “um festival multidisciplinar, com espetáculos que vão desde a dança ao teatro, à performance, à musica, ao pensamento e ao cinema. É um festival que atravessa várias áreas e essa a sua marca distintiva”. As propostas, com uma “matriz marcadamente experimental”, fazem do Circular uma espécie de “laboratório” da arte contemporânea, cruzando artes e gerações e impulsionando – através das co-produções – a criação artística.
Um festival “solidificado”, que “faz o público pensar, descobrir novos autores e ver outros já conhecidos”, diz o vereador da Cultura, Paulo Vasques, que, até entrar no executivo em 2021, partilhou com Dina Magalhães a direção do Circular.
Este ano, logo na estreia, dia 22, o consagrado Christian Rizzo traz ao Teatro Municipal “En son lieu”. Uma dança hip hop de raiz urbana e a natureza viva em contraponto, tudo no espaço interior do palco, numa coreografia interpretada por Nicolas Fayol. Ainda nessa mesmo dia Ana Pi e o DJ Firmeza juntam-se na performance “Raw On”, misturando o movimento com a música pós-kuduro e percussiva, numa releitura das danças afro-diaspóricas.
A brasileira orienta ainda, no dia 23, o workshop “Corpo Firme: Danças Periféricas, Gestos Sagrados”, de acesso gratuito, mas inscrição obrigatória.
“Kama”, de Ana Renata Polónia, sobe ao palco dia 23, às 16h00 e, uma hora e meia mais tarde, abre a exposiçãp “La Casa de Los Animales”, de Ana Elena Tejera. A artista, natural do Panamá, trabalha nas áreas do cinema e da performance e, para além da exposição, trará ao Circular dois filmes: a curta “A Love Song in Spanish” e “Panquiaco”, um documentário que conta com a participação de pescadores locais.
“On/Off” e a música do Supernova Ensemble estreia-se no Circular na noite de 23 de Setembro e trará também um workshop. Nessa mesma noite, sobe ainda ao palco “Lolina”, um projeto da artista de música eletrónica e digital, que, há um ano, lançou o seu álbum mais recente “Face the Music”. Ana Elena Tejera leva a cabo uma performance na praia Olinda, no dia 24, às 19h15.
No fim de semana seguinte, dia 28, há nova sessão dupla: “A Vertigem da Razão”, numa estreia absoluta em teatro do jovem Vinicius Massucato e o lançamento do livro “Sódio”, de Sónia Baptista.
O Circular fecha a 30 com nova noite dupla: “Diálogos”, de Henrique Furtado Vieira (dança) e “Phonospermia” pela Sonoscopia.