Cinco coisas para recordar no final da digressão europeia de Taylor Swift que passou por Portugal
A digressão “Eras” de Taylor Swift termina a etapa europeia em Londres, esta terça-feira, depois de a megaestrela americana ter encantado centenas de milhares de fãs numa dúzia de países, incluindo Portugal.
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“Gostava de ter feito mais digressões pela Europa. Este é um público de sonho”, disse a cantora de 34 anos aos fãs na Arena La Defense, em Paris, onde deu início à série de espectáculos em maio. Quatro meses depois, aqui estão cinco conclusões da passagem de Swift pela Europa, quando ela sai em “Style” diante de uma multidão de 90 mil pessoas no Estádio de Wembley, na capital britânica.
A economia de Swift
Desde a “Swiftflation” (inflação provocada por Taylor Swift) até ao impulso económico, as cidades europeias viram os preços dos hotéis disparar com a chegada de fãs de todo o mundo.
Seguindo a letra da canção de Swift “grab your passport and my hand” (agarra o teu passaporte e a minha mão), 120 mil Swifties (nome habitualmente atribuído aos fãs da cantora) viajaram de 130 países para Estocolmo em maio, onde se esperava que gastassem 500 mil coroas suecas (cerca de 41 milhões de euros), de acordo com a Câmara de Comércio da cidade.
Os quartos de hotel também registaram um aumento de preço de “aproximadamente 295%”, disse à AFP o economista-chefe da câmara, Carl Bergkvist, com alguns economistas a recearem que a loucura de Swift pudesse fazer com que os preços ao consumidor sueco voltassem a subir.
Estima-se que os dois concertos em Madrid tenham injetado 25 milhões de euros na economia da capital espanhola. E prevê-se que a digressão impulsione a economia do Reino Unido em quase mil milhões de libras (quase 1200 milhões de euros), segundo o banco Barclays num estudo intitulado “Swiftonomics”.
Sacudir o chão
Sismólogos de todo o continente comprovaram que os Swifties fizeram literalmente tremer o chão.
Em Lisboa, em maio, os concertos desencadearam uma atividade sísmica detectada até seis quilómetros do Estádio da Luz. A atividade mais forte foi registada durante a canção “Shake it off”, atingindo uma magnitude de 0,82 na escala de Richter.
Em Edimburgo, o Serviço Geológico Britânico revelou que as favoritas dos fãs “Ready for It?”, “Cruel Summer” e “Champagne Problems” resultaram na “atividade sísmica mais significativa”.
Durante “Ready for It?”, a multidão na capital escocesa transmitiu aproximadamente 80 quilowatts de energia - equivalente a cerca de seis mil baterias de carro, disseram os geólogos.
Ataque travado
O último mês da digressão europeia foi marcado pelo fracasso de um atentado suicida, com as autoridades austríacas a revelarem que um simpatizante do Estado Islâmico estava a planear um ataque mortal num concerto de Swift em Viena.
Três suspeitos foram detidos e as três datas do concerto de agosto em Viena foram canceladas, na sequência de uma investigação conduzida com a ajuda dos serviços secretos norte-americanos.
Os desiludidos tentaram levantar o ânimo reunindo-se na Corneliusgasse de Viena - muito apreciada pelos fãs de Swift devido à semelhança com o seu êxito “Cornelia Street” - para cantar as canções da estrela pop e trocar pulseiras entre si, uma tradição da Eras Tour entre os fãs.
Tragédia
A tragédia aconteceu quando três raparigas, incluindo uma menina portuguesa, foram mortas num esfaqueamento na cidade de Southport, no noroeste de Inglaterra, durante uma aula de dança dedicada à cantora, a 29 de julho.
“O horror do ataque de ontem em Southport está a tomar conta de mim continuamente e estou completamente em choque”, escreveu Swift numa publicação no Instagram, antes de um concerto em Varsóvia, na Polónia.
Swift conheceu duas sobreviventes do ataque durante os seus espectáculos em Londres, em agosto, tendo uma mãe publicado no TikTok fotografias das raparigas nos bastidores com Swift depois de um concerto, informou a revista Rolling Stone.
Os seus fãs angariaram cerca de 400 mil libras para as vítimas sob o lema “Swifties for Southport”.
'Tay-gating' - Fãs sem bilhete
Os fãs sem bilhetes vestem-se a rigor e trocam pulseiras enquanto ouvem os concertos no exterior dos estádios, numa prática conhecida como “Tay-gating”.
Em Madrid, Swift referiu que cerca de 50 mil “pessoa ouviram o espetáculo” de uma colina próxima em ambas as noites, “participando no espetáculo à distância”.
No entanto, as autoridades de Londres e Amesterdão avisaram os fãs para não se reunirem à porta dos locais de espetáculo, alegando perturbações para os residentes locais.