A sétima edição do festival Tremor acontece entre 7 e 11 de setembro em Ponta Delgada, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo. Com música, exposições e residências artísticas.
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O festival Tremor baseia-se num projeto artístico e cultural que pretende contribuir para a inclusão na sociedade. O evento é produzido pela Ondamarela, tem palco na ilha de São Miguel, vai para a sétima edição e procura fidelizar quem o visita com uma mistura de música e atenção à fauna e flora locais. Começa hoje, terça, e prolonga-se até sábado, 11, com palcos em Ponta Delgada, Ribeira Grande e Vila Franca do Campo.
O Tremor anuncia uma programação diversificada, incluindo concertos e três residências artísticas que interagem com a comunidade local através de criações e espetáculos. Devido à situação pandémica, a edição de 2020 foi cancelada, mas desta vez espera fazer tremer São Miguel, com o regresso das caminhadas sonorizadas Tremor Todo-o-Terreno, além de palcos de exterior nos dois últimos dias. Em simultâneo, a organização desenvolveu uma aplicação mobile para que o público mais facilmente encontre informações, sugestões de atividades e coordenadas geográficas.
Tremor oferece mais de uma dezena de concertos, a que se juntam exposições e performances-surpresa. Este ano a Escola de Música de Rabo de Peixe abrirá o festival. Ao longo de cinco dias haverá música de nomes como Angélica Salvi, Casper Clausen, Filho da Mãe com Norberto Lobo e Ricardo Martins, Mário Raposo, Lena d"Água, Clã, Sensible Soccers, Samuel Martins Coelho e Conferência Inferno.
Márcio Laranjeiro, um dos responsáveis do festival, refere que as lotações para os espetáculos variam entre os 500 (de hoje a quinta-feira) e os 750 (sexta e sábado). Relativamente à proveniência do público, Laranjeira crê que "seja cerca de 50-50, ou talvez 60-40, sendo que os 60% possam ser do exterior".
Covid e cumplicidade
O responsável explicou que, devido à situação pandémica, foi difícil elaborar um cartaz artístico diversificado em termos de proveniência. Ao mesmo tempo, o Tremor conta com regressos de alguns artistas. Mas ainda foi possível contratar alguns artistas europeus. "Foi diferente, mas o panorama para os artistas também não é favorável devido à situação de pandemia." Mantém-se então o fio condutor, tanto pela contratação de artistas "de múltiplas geografias", como pela atenção prestada à biodiversidade.
Márcio Laranjeiro lembrou que "o Tremor tem atividades que são a imagem de marca do festival, como o Mini Tremor, Tremor Todo-o-Terreno e Tremor na Estufa". Se Laranjeiro fosse espectador, "seria difícil escolher, mas Vanishing Twin é uma banda a que eu quero assistir muito". Trata-se de um quinteto londrino de pop psicadélico fundado em 2015 e liderado pela vocalista e guitarrista Cathy Lucas.
Desde o nascimento do Tremor que se gera cumplicidade entre público, artistas e residentes. Também por isso, a hashtag #tremoréamor tornou-se um símbolo do evento.