Parque das Nações, em Lisboa, recebe entre os dias 8 e 11 de dezembro mais uma edição da Comic Con. Organização espera 140 mil visitantes.
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Três anos depois, a Comic Con regressa para uma edição sem restrições, prometendo ter aprendido com a experiência das edições passadas.
Na sua oitava edição pelo território português - primeiro em Matosinhos e, de há quatro anos a esta parte, em Lisboa -, o festival mantém as premissas de sempre, que fazem deste evento um fenómeno de popularidade evidente nos diferentes países e continentes onde se realiza.
Ou seja, focar as diferentes áreas da indústria do entretenimento, apresentando uma quase interminável panóplia de atividades: "geek market", atividades e passatempos de várias marcas, conversas com atores de cinema, de séries, de banda desenhada ou literatura e ainda espaços dedicados ao gaming, ao cosplay e aos mais novos (Comic Con Kids).
A vasta programação não irá ficar por aqui. Paulo Rocha Cardoso, CEO da Comic Con, diz que "até ao último dia temos sempre novidades". Os muitos conteúdos ainda por divulgar, principalmente a nível nacional, irão ser desvendados "muito em breve", garante.
Uma constante evolução
De edição para edição, a transformação da Comic Con parece notória, tanto no espaço como no conteúdo programado.
Paulo Rocha Cardoso destacou a capacidade do recinto, no Parque das Nações, para albergar grandes estruturas montadas no exterior. No próprio recinto haverá novos auditórios em que irão ser abordados todos os temas que fazem parte da programação. "Todos os anos tentamos melhorar e acrescentar mais aos visitantes e participantes que estão presentes", acrescenta o responsável.
O próprio conteúdo programático da Comic Con também vai evoluindo, ao assimilar as mudanças e tendências em curso.
Digital "veio para ficar"
O CEO da Comic Con refere que a "pandemia veio transformar a indústria do entretenimento". Antes de 2019, aponta, não se entenderia o motivo da realização de um evento híbrido ou 100% digital. Durante a pandemia, em 2020, a Comic Con teve de ser realizada online e em 2021 optou por uma condição híbrida.
Mesmo voltando à normalidade, a edição deste ano vai contar com um "live stage" - um palco ao vivo que dá a possibilidade às pessoas que não se podem deslocar ao evento de assistirem a partir de casa ao que está a acontecer.
Ao mesmo tempo que se testemunha o crescimento do online, verifica-se uma outra tendência: a plataforma a que se recorre para o entretenimento funciona cada vez menos de forma isolada.
A tendência dominante aponta para que as diferentes áreas do entretenimento se unam, proporcionando um leque de experiências mais alargado.
Atenta a estas mudanças, a organização da Comic Con agora já não integra só auditórios específicos a cada uma das áreas de entretenimento, mas também auditórios com conteúdo que pode abranger mais que uma área.
O CEO do evento internacional acrescenta que "nós somos consumidores transversais e, por isso, o conteúdo no futuro é que ditará o que é que os consumidores querem ver, independentemente se é numa sala de cinema, num telemóvel, numa televisão". v
Premiar o heroísmo
O mote da edição deste ano é "We can be heroes/Todos nós podemos ser heróis", algo que a Comic Con pretende celebrar. Paulo Rocha Cardoso explica que, para o conseguirmos, "basta ajudar alguém, fazer as outras pessoas sentirem-se felizes ou estar só presente".
Este ano, a organização espera conseguir alcançar o mesmo número de visitantes que em 2019 (ano anterior à pandemia) - mais de 140 mil.
Desse número, a incidência internacional representará uma percentagem entre os "15% e 20%", afirma Paulo Rocha Cardoso, pormenorizando que os visitantes costumam ser oriundos de vários continentes.