Presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa sublinha que os livros sagrados e a religião têm de ser respeitados.
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"Nem vou perder tempo a fazer comentários. Ele tem a sua opinião, é um escritor, quer fazer publicidade ao seu livro", referiu Abdool Vakil à Agência Lusa, sublinhando que, enquanto homem religioso, respeita os livros sagrados de todas as religiões, como a Torah, o Evangelho, a Bíblia e o Corão, porque acredita neles.
"É preciso ter fé. Essa pequena coisa de duas letras, fé, faz toda a diferença", acrescentou.
O presidente da Comunidade Islâmica de Lisboa referia-se às várias declarações de José Saramago a propósito do seu mais recente livro, "Caim", nas quais o Prémio Nobel da Literatura considerava que a Bíblia é um "manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana", acrescentando que não existe nada de divino na Bíblia nem no Corão.
Sublinhando a necessidade de respeitar as religiões, os seus profetas e os livros sagrados, Abdool Vakil referiu que se sente ofendido quando, por exemplo, alguém fala mal de Jesus Cristo.
"Não é só em relação ao profeta Maomé. Sinto-me ofendido em relação a todos os profetas, pois a nossa religião respeita-os, sem discriminações", disse.