A antiga presidente da Fundação Cidade de Guimarães irá receber "cerca de 100 euros por mês" como compensação por deixar o cargo de presidente da instituição depois de ter chegado a um acordo de rescisão com o conselho geral da Fundação.
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A 22 de julho, a agora anterior líder da Fundação Cidade de Guimarães, Cristina Azevedo, abandonou o cargo por comum acordo com o conselho geral da instituição, presidido por Jorge Sampaio.
À data, o advogado da Câmara Municipal de Guimarães, Teixeira e Melo, esclareceu que "Cristina Azevedo não sairia prejudicada" com o referido acordo.
Hoje, na reunião camarária, o advogado explicitou que seria pago a Cristina Azevedo "a diferença salarial entre o cargo que auferia antes de assumir a presidência da Fundação e aquele que irá auferir no cargo que irá agora exercer".
Feitas as contas, Teixeira e Melo, adiantou que Cristina Azevedo "irá receber cerca de 100 euros por mês" e "isto se receber", até 2015, data em que terminaria o contrato de mandato entre Cristina Azevedo e a Fundação Cidade de Guimarães.
O casuístico garantiu ainda que o acordo entre as partes "não prevê qualquer encargo para a autarquia de Guimarães".
À margem da reunião de câmara, os salários dos membros do Conselho de Administração da Fundação Cidade de Guimarães foram alvo de "reparo" por parte da oposição social-democrática na autarquia, encabeçada por André Coelho Lima.
"Seria agora altura para rever os salários da gestão da Fundação. Não é aceitável que recebam mais do que o titular do cargo da secretaria de Estado da Cultura", afirmou.
A ex-presidente da Fundação, Cristina Azevedo, recebia cerca de 10 mil euros mensais, depois de lhe ter sido diminuído o salário em 30%, enquanto os restantes administradores executivos, entre os quais João Serra, auferiam cerca de sete mil euros por mês.
Sobre esta questão, o presidente da Câmara Municipal de Guimarães, António Magalhães, explicou que "agora não é conveniente". No entanto, o autarca garantiu que "serão respeitados os [administradores] que foram e os que agora vêm", embora admita "alterações".
Os vencimentos da liderança da Fundação Cidade de Guimarães são definidos por uma comissão de vencimentos presidida por António Magalhães. O autarca adiantou ainda, quanto aos estatutos da Fundação, "que poderão ser revistos".