Novo serviço arranca na terça-feira nos EUA. Chega em março à Europa, mas ainda não há data para Portugal
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A nova plataforma de streaming da gigante do entretenimento, o Disney+, vai arrancar já na terça-feira nos EUA e chegará a alguns países da Europa a 31 de março. Oficialmente, só foram nomeados o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália e a Espanha, embora a empresa tivesse deixado num "tweet", esta semana, um misterioso "mais países serão anunciados brevemente". Não é de colocar de parte que Portugal esteja nesse lote mas, perguntou o JN, a chegada do Disney+ ao nosso país mantém-se, para já, no horizonte temporal do primeiro semestre de 2020, que a empresa anunciou inicialmente para a Europa Ocidental.
Na Holanda, onde já tinha arrancado uma versão de teste da plataforma em setembro, o serviço vai custar 6,99 euros aos espectadores que aguardam para ver programas exclusivos (como "The Mandalorian") ou os maiores títulos Disney deste ano (que é dona da Marvel, da Pixar ou da saga "Star Wars") e que lhe garantiram um recorde de bilheteiras em 2019: mais de sete mil milhões de euros. Todos esses conteúdos - como "Os vingadores" ou "Rei Leão", que é o filme mais visto em Portugal este ano -, vão estar disponíveis em exclusivo na Disney+, cujo arranque está a agitar o competitivo mercado televisivo.
Futuro da TV
É no streaming que se joga o futuro do entretenimento mundial. Nos EUA, somando as que existem e as que estão previstas, são já 40 as plataformas. E a chegada de um concorrente de peso como a Disney lançou a Netflix, a HBO e outros serviços numa batalha pela predominância.
´Aos 500 filmes e 7500 episódios que vão estar disponíveis no Disney+, a Netflix, que tem uma biblioteca de conteúdos ainda maior, respondeu já com um investimento de 13,6 mil milhões de euros em filmes e séries em 2019. E já pediu mais 1,8 mil milhões ao banco.
A Netflix tem uma vantagem: é o maior serviço de streaming do Mundo, com 158 milhões de subscritores. Em Portugal, não se sabe quantos são. A empresa não respondeu às questões do JN sobre como está a correr a aposta no nosso mercado, nem sobre a estratégia global da empresa para os próximos anos.
O mesmo aconteceu com a HBO Portugal, serviço lançado no início do ano. A empresa não revela quantos clientes tem no nosso mercado, mas garante estar "muito contente com a performance da HBO Portugal" e assegura que vai "continuar a investir e a proporcionar os melhores conteúdos aos subscritores portugueses". Não existem planos para Portugal para o HBO Max, a nova plataforma da marca, a ser lançada em maio de 2020, nos EUA.
Milhões e mais milhões
Para além destes serviços, é preciso ainda contar com a Amazon Prime ou a Apple+, propriedade de dois colossos da tecnologia que querem também dar uma dentada no mercado do entretenimento. A concorrência é apertada e o dinheiro é muito, para novos e velhos programas.
A Netflix pagou 500 milhões de euros para comprar os direitos de "Seinfeld". A Amazon Prime investiu 230 milhões de euros para garantir os direitos e desenvolver uma prequela de "O senhor dos anéis". A WarnerMedia, dona da HBO Max, pagou 385 milhões para roubar "Friends" à Netflix. E a Apple+ arregimentou alguns dos maiores e mais caros nomes da indústria de Hollywood: Oprah, Jennifer Aniston, Steven Spielberg ou JJ Abrams.
Séries
"The Mandalorian" | Disney+
Protagonizado por Pedro Pascal e baseado no universo "Star Wars", é um exclusivo Disney+
"Mundos paralelos" | HBO Portugal
Trata-se de uma das mais fortes apostas da HBO na nova temporada e já disponível em Portugal
"The Crown" | Netflix
É uma das mais caras produções Netflix de sempre e regressa este mês
"The morning show" | Apple+
Jennifer Aniston e Reese Witherspoon são as estrelas desta drama sobre os bastidores de um programa matinal de TV.
"Senhor dos anéis" | Amazon Prime
Os pormenores são ainda muito escassos sobre a prequela baseada na história de Tolkian. Poderá chegar em 2020.