Claudia D'Antonio e Salvatore Manzo são os convidados do Centro de Dança do Porto para o bailado "O Quebra-Nozes", que sobe ao palco no Europarque de Santa Maria da Feira, pelas 21.30 horas de terça-feira.
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Bailarinos do Teatro de São Carlos, em Nápoles, Itália, Claudia D'Antonio e Salvatore Manzo vão dançar o "pax de deux" do açúcar, considerado o momento mais difícil de "O Quebra-Nozes", uma das obras emblemáticas da dança clássica.
"São duas grandes estrelas do balé atual e que normalmente não aceitam dançar em escolas de dança", revelou Teresa Vieira, coreógrafa e professora do Centro de Dança do Porto (CDP). "Como já temos vários bailados de excelência no currículo, as pessoas acreditam no nosso nível técnico", acrescentou.
Lienz Chang, ex-diretor de Claudia D'Antonio e Salvatore Manzo, que deu uma formação no CDP, no início do mês, foi importante para garantir a presença do par num bailado levado ao palco por cerca de 70 alunos daquela escola portuense de dança clássica.
"É sempre um desafio muito grande, porque todos os anos há gente nova, não é como fazer um bailado de reportório numa companhia, que tem um corpo de baile constante", diz Teresa Vieira. "É muito arriscado fazer um bailado com alunos de idades tão diversas. Tenho de adaptar a coreografia às várias idades e níveis de aprendizagem dos alunos", explicou.
"Um ballet de reportório, como este do Quebra-nozes, é muito importante para a formação dos alunos. É feito para que os alunos passem por essa experiência de um bailado de palco", sustenta Teresa Vieira.
Com coreografia de Teresa Vieira e figurinos de Rita Tojal, a versão de "O Quebra-Nozes" do CDP tem Mariana Oliveira, como Clara, e Diogo Reis, como príncipe Quebra-Nozes. Um elenco formado por alunos ou professores do CDP, à exceção do par italiano que faz a dança da fada do açúcar. "Uma escola vê-se pelo corpo de baile", sintetiza Teresa Vieira, sublinhando que "todos os papéis masculinos" da peça são interpretados por rapazes.
"Isto é o resultado da criação de uma bolsa de estudo para rapazes". É grátis, desde que os alunos mostrem empenho e um comportamento responsável. E dá resultados na escola, que tem cerca de 20 alunos rapazes.
