Uma explosão de distorção, raiva e berros invadiu a sala principal do Hard Club quando, quinta-feira à noite, os Sepultura subiram ao palco. O Hard Club, no Porto, esgotou e a banda correspondeu com uma entrega total e sem reservas.
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Os brasileiros abriram com Isolation, primeira música do último disco, mas focaram-se principalmente nos temas mais antigos e mais conhecidos. A multidão que esgotou a lotação do espaço agradeceu e cantou a plenos pulmões vários temas clássicos enquanto um turbilhão de corpos se agitava em frente ao palco.
Após a saída dos manos Cavalera, dos quatro membros originais apenas restam Andreas Kisser e Paulo Jr. É certo que Derrick Green e Eloy Casagrande conseguem estar à altura de Max e Igor, mas é impossível não ficar com a sensação de que falta ali alguma coisa.
Independentemente disso, a atual formação deu um excelente concerto - algo curto, talvez - que terminou em apoteose com a fortíssima sequência: Arise, Ratamahatta e a icónica Roots Bloody Roots a fechar.
Uma palavra para Crowbar e Sacred Reich que cumpriram bem com a sua função e aqueceram os espíritos e os corpos para a chegada triunfal do metal tribal dos Sepultura.