Três dias, quatro palcos, capacidade para 20 mil pessoas. O festival SBSR está de volta à praia do Meco e tem vontade de continuar a crescer.
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O 27.º Super Bock Super Rock arranca esta quinta-feira numa zona arborizada da Herdade do Cabeço da Flauta, entre a lagoa de Albufeira e a praia do Meco, no concelho de Sesimbra, onde se realizou pela última vez em 2019. É o regresso a casa do festival de verão.
Em 2020 e 2021, a pandemia da covid-19 ditou o adiamento do Super Bock Super Rock (SBSR) e, no ano passado, a promotora Música no Coração, a dois dias do início, teve de transferir o festival para Lisboa devido à declaração de estado de contingência no país, que enfrentava o risco elevado de incêndio.
The Offspring são os cabeças de cartaz do arranque, num programa que inclui também hoje Franz Ferdinand, Black Country New Road, Father John Misty, Róisín Murphy e os regressados LX-90.
Quatro palcos para 20 mil pessoas
Em relação a 2019, a maior mudança regista-se nas zonas de estacionamento e de campismo, transferidas para uma área não florestal, com menos vegetação e mais espaço. Além disso, de acordo com a organização, há "mais bocas-de-incêndio, mais viaturas de bombeiros, mais GNR, mais Proteção Civil".
No recinto continua a haver quatro palcos, com a tenda dedicada às sonoridades eletrónicas a ocupar "um espaço novo", deixando livre uma área que acolhe agora o palco dedicado à música nacional, em curadoria da rádio SBSR.fm.
Esta quinta-feira, o palco principal acolhe, por ordem de entrada em cena, as atuações de The Legendary Tigerman, Franz Ferdinand, The Offspring e James Murphy, o líder dos LCD Soundsystem, que vai operar um DJ set especial.
Pelo segundo palco passam 070 Shake, Black Country New Road e o "crooner" Father John Misty.
Calua, Nitri, Tara Perdida e Noiserv compõem o alinhamento do palco dedicado à música nacional. Róisín Murphy, os regressados LX-90 (banda formada nos anos 1990 por Rui Pregal da Cunha e Paulo Gonçalves, dos Heróis do Mar, que integra também Tó Pereira - DJ Vibe - e que editou apenas um álbum), e a dupla 2ManyDJS atuam no palco dedicado à música eletrónica.
Para sexta-feira, os destaques incidem sobre The 1975, Wu-Tang Clan, Caroline Polachek, Charlotte de Witte e Sampa The Gtreat. E no sábado, último dia, as estrelas do SBSR são Steve Lacy, Kaytranada, Parov Stelar, L'Impératrice, Biig Piig e Moullinex.
O recinto tem capacidade máxima para 20 mil pessoas por dia.
Ainda há bilhetes
"Aconselhamos os festivaleiros a irem de comboio até Coina [no concelho do Barreiro] e de Coina apanharem o autocarro, que pára à porta do festival. [Para o regresso,] temos um comboio extra às 3.30 horas, que parte da estação de Coina para Lisboa", disse o promotor Luís Montez, em declarações à Lusa, aconselhando ao uso do transporte público. Além disso, há "uma paragem para TVDE" junto ao recinto.
A pensar em quem, mesmo assim, opte por chegar ao festival em veículo próprio, a zona de estacionamento foi "substancialmente aumentada". Para evitar que "as pessoas não saiam todas a correr ao mesmo tempo" e impedir, "à saída, engarrafamentos", "depois do cabeça-de-cartaz atua sempre um DJ".
A zona de campismo, gratuita para os portadores de passe de três dias, já abriu na quarta-feira e só encerrará no domingo às 17 horas.
O festival ainda não esgotou. O bilhete diário custa agora 68 euros e o passe geral para os três dias do SBSR fica por 130 euros.