Casa da Granja dedica pela primeira vez uma exposição integral ao autor
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Trinta e sete fotografias premiadas de Eduardo Teixeira Pinto patentes na Casa da Granja, em Amarante, refletem alguns dos grandes momentos de meio século do percurso artístico do autor.
A exposição preenche quase integralmente os múltiplos espaços daquele equipamento cultural criado a partir da recuperação de uma casa do século XVII, atualmente propriedade do município, como disse à agência Lusa Verónica Teixeira Pinto, filha do autor e presidente da associação que gere o espaço desde 2017, no âmbito de um protocolo com a autarquia.
"Preencher a Casa da Granja só com Eduardo Teixeira Pinto, com uma exposição para o homenagear, é a primeira vez que o fazemos", precisou a presidente da Associação para a Criação do Museu Eduardo Teixeira Pinto.
Nas diferentes salas, o visitante pode apreciar fotografias a preto e branco, registadas ao longo de décadas, a maioria em Amarante, a terra de Eduardo Teixeira Pinto, que ali nasceu em 1933 e morreu em 2009. Em 1960, obteve o Grande Prémio Camões, do Ateneu Comercial de Lisboa.
A exposição intitula-se "Olhares", tem entrada gratuita e estará patente até ao dia 22 de fevereiro, marcando o reinício dos certames na Casa da Granja, após o interregno provocado pela pandemia. "Olhares é um dos termos que melhor traduz o que o meu pai fazia: fotografar o que via. Um fotógrafo sério tem um olhar único, muito próprio. É isso que faz a diferença", observou, frisando que vários exemplares, todos premiados, percorreram já "os quatro cantos do mundo".
Além das imagens, a exposição inclui máquinas fotográficas antigas usadas pelo fotógrafo, além de outros documentos e material que traduzem o seu percurso criativo e que constituem o acervo museológico da casa formado, ainda, por cerca de 300 mil fotografias.