Projeto envolve mais de uma centena de artistas e promove causas sociais.
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Já está em marcha no concelho de Gaia um vasto programa comemorativo na área das artes plásticas que pretende celebrar o 25 de Abril, assim como os seus valores e principais causas, envolvendo 104 artistas.
Até ao próximo dia 13 de abril, a Casa da Presidência apresenta a primeira das três exposições, com curadoria do artista plástico Agostinho Santos. “Na sequência da liberdade” apresenta obras de 40 artistas, entre os quais Mário Cesariny, Graça Morais, Armanda Passos e Zulmiro de Carvalho, além de outros pertencentes a novas gerações.
Os trabalhos incluídos na mostra fazem parte do Museu de Causas/Coleções Agostinho Santos, projeto museológico solidário que visa ser um polo catalisador da arte. A violência, a guerra, o racismo, a xenofobia e a discriminação são alguns dos temas retratados nas obras incluídas em “Na sequência da liberdade”.
Para o mentor do projeto, “nunca tanto como agora foi necessário refletir sobre a sociedade e as muitas causas que não podem ser ignoradas”, razão pela qual a Casa da Presidência “abre portas para fomentar essa reflexão e o diálogo necessário entre a arte e o seu destinatário”.
0 25 de Abril assume também papel central no plano de atividades da Onda Bienal deste ano. Desenvolvido pela cooperativa Artistas de Gaia em parceria com a autarquia, o evento prevê a inauguração, na Biblioteca Municipal de Gaia, no próximo dia 24 de abril, de uma exposição coletiva de artes plásticas. As iniciativas vão passar igualmente pelas escolas do concelho através da exposição de trabalhos de alunos, evocando o antes e depois do 25 de Abril de 1974.
O ímpeto artístico não vai passar à margem do exterior. “25 de Abril na rua – 50 anos de liberdade” é o mote da iniciativa que prevê a edição de mais de um milhar de cartazes e autocolantes com pinturas de artistas que vão ser distribuídas ou afixadas em locais públicos do concelho.
Essas obras vão estar em exposição na Galeria Diogo Macedo, no Olival, entre os dias 10 de abril e 10 de maio.
Outro dos projetos ambiciosos é o intercâmbio luso-brasileiro, que prevê uma exposição de artistas portugueses na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e, posteriormente, uma mostra sobre o meio ambiente, no Gabinete da Bienal, de artistas brasileiros.