O Governo vai reforçar o investimento em aquisições de arte contemporânea portuguesa para 500 mil euros em 2020, e incentivar os privados a participar na estratégia, anunciou esta quarta-feira, em Lisboa, a ministra da Cultura, Graça Fonseca.
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O anúncio foi feito no Palácio Nacional da Ajuda pela governante, numa sessão de apresentação de seis das 21 obras de 20 artistas portugueses que foram escolhidas em 2019 por um comité especializado, e que inclui peças de Vasco Araújo, Filipa César, Alexandre Estrela, Von Calhau, Patrícia Almeida, João Maria Gusmão e Pedro Paiva.
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Graça Fonseca disse que, no quadro da estratégia de investimento, promoção e difusão pública da arte contemporânea portuguesa, que o Governo vai aumentar de 300 mil para 500 mil euros o valor das aquisições, este ano.
Além deste investimento, segundo a ministra, as empresas privadas que se apresentem a concurso para o programa Revive vão também apresentar propostas para aquisição de arte contemporânea.
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As obras adquiridas entrarão para o acervo da Coleção de Arte Contemporânea do Estado (anteriormente conhecida como Coleção da Secretaria de Estado da Cultura), e "será promovida uma verdadeira circulação no território" para exibição destas obras", indicou.
António Júlio Duarte, António Bolota, Carla Filipe, Dayana Lucas, Paulo Mendes, Fernando Brito, Gonçalo Pena, João Jacinto, Miguel Soares, Isabel Carvalho, Pedro Tudela, Silvestre Pestana e Pedro Neves Marques são os outros artistas escolhidos.
A curadora Sandra Vieira Jürgens, da comissão, justificou que na escolha das obras foram privilegiados "o valor artístico e conceptual das obras" e o "seu potencial crítico".
Por seu turno, a ministra salientou que, "ao fim de quase 20 anos, foi retomada uma política pública de aquisições de obras de arte contemporânea".