Emel Mathlouthi: cantora tunisina tornou-se a voz da “Primavera Árabe” em 2011 e o facto mudou-lhe a vida. Foi uma das estrelas maiores do recente Festival Imaterial, onde disse ao JN: “Tenho múltiplas identidades, sinto-me em casa aqui em Évora, como me sinto em Itália ou no Líbano”.
Corpo do artigo
Emel Mathlouthi, de 42 anos, foi descoberta em 2011 numa manifestação em Tunes, capital da Tunísia, a cantar maviosamente, de vela na mão, “Kelmti horra” (“A minha palavra é livre”), o poema escrito pelo autor tunisino Amine al-Ghozzi. O vídeo da sua atuação espontânea tornou-se viral e a canção, assim como a intérprete, passaram a ícones da revolução tunisina e, mais amplamente, da “Primavera Árabe”.
Quatro anos depois, Emel Mathlouthi dá outro salto global: interpreta o mesmo tema na cerimónia de entrega do Prémio Nobel da Paz, em Oslo, ao Quarteto para o Diálogo Nacional da Tunísia.