Pianista alemã quer “criar momentos emocionantes”, conforme confessou em entrevista ao JN, num espetáculo que se espera "intimista e intenso". É já esta terça-feira, em Braga.
Corpo do artigo
Cinco anos depois da estreia, Lisa Morgenstern volta esta terça-feira ao Theatro Circo, onde regressa com mais experiência, mais músicas e mais estatuto. Mas, pela primeira vez, vai pisar o palco principal da maior sala de espetáculos de Braga.
Do concerto de 2018, realizado no pequeno auditório, traz ainda na memória uma “multidão calorosa e acolhedora” que a ajudou a embarcar numa viagem que terminou já depois da meia-noite, quando ainda não tinha editado “Chameleon”, o álbum que definitivamente ajudou a acender os holofotes e fez despertar as atenções da crítica e do público.
A partir das 21.30 horas desta terça-feira, quer voltar a “criar momentos emocionantes”, conforme confessou em entrevista ao JN, num espetáculo que se espera "intimista e intenso". Lisa conta fazê-lo através das suas múltiplas facetas, como compositora, cantora, pianista e amante de sintetizadores vintage.
No alinhamento preparado para Braga, a artista alemã com raízes búlgaras, que em maio realizou uma residência artística no Douro e atuou no Teatro de Vila Real, vai apresentar faixas de “The wind tunnel session” – editado este ano em conjunto com o Canea Quartett – e alguns dos seus sucessos de “Chameleon”.
Fazer "muitas coisas ao mesmo tempo"
“Será um espetáculo em que conseguirei reunir todos os mundos que adoro: música clássica, música eletrónica, composição e canto. Fico muito contente por mostrar estas novas composições em versões ao vivo”, diz Lisa Morgenstern na antecâmara do concerto em Braga, que será mais um “desafio” à sua capacidade em palco.
“Tenho de estar muito focada, porque estou a fazer muitas coisas ao mesmo tempo: cantar, conduzir o sintetizador modular através de muitos botões e cabos e tocar piano. As minhas emoções têm de ser canalizadas principalmente através da minha voz”, explica Lisa.
Banda sonora para a Netflix
Na primeira vez que esteve em Braga, a compositora e cantora germânica estava a iniciar uma digressão por outros países. Todo esse contexto “era uma novidade, uma aprendizagem” que o tempo ajudou a realizar.
“Por vezes gostaria de enviar uma mensagem para a pessoa que eu era em 2018. Naquela época nunca teria acreditado no que aconteceu nos cinco anos seguintes”, confessa ao JN.
De lá para cá, a compositora, cantora e pianista já atuou com nomes como Ólafur Arnalds e Max Cooper e integrou a equipa responsável pela criação da banda sonora da série “The Empress”, da Netflix, que foi recentemente indicada ao Emmy internacional. Apesar disso, Lisa garante não se deixar iludir pelo sucesso que está a alcançar. “Estou sempre focada no que vem a seguir”, assegura.