Cantor brasileiro deu esta quinta-feira o primeiro de quatro concertos em Portugal do projeto "Luan ao Vivo na Lua".
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Eram quatro da manhã e já fãs estavam à porta da Meo Arena, em Lisboa, para guardar um lugar no foguetão em direção à Lua. Não ao satélite propriamente dito, claro está, mas sim ao novo projeto de Luan Santana, provando que o cantor brasileiro há muito que deixou de ser uma moda para passar a certeza no panorama musical.
A escolha do título da nova tour também não foi por acaso. A lua cheia, símbolo de plenitude, clareza e renovação, serviu como metáfora para a noite. Tal como a lua ilumina a escuridão, as canções do cantor brasileiro pareceram acender em cada fã uma luz particular. Não faltaram lágrimas, sorrisos e até abraços entre desconhecidos, todos unidos num luar musical.
O foguetão - a noite começou com uma imagem gigante da máquina em contagem decrescente - descolou às 21 horas em ponto. O frenesim era muito, ou não tivessem passado mais de dois anos desde a última visita de Luan Santana a Portugal. Terminada a contagem decrescente, eis que o cantor de 34 anos surgiu no palco para começar a noite com "Meio-termo". Mas se há coisa que não houve foi meio-termo na receção em Lisboa: entre gritos e aplausos, Santana foi recebido com um abraço gigante por um público em êxtase e de todas as idades.
Tal como satélite natural da terra se divide em várias fases, também o espetáculo teve diferentes pontos. Começou com músicas bem conhecidas para segurar o público - "Morena" agarrou definitivamente uma plateia que já se adivinhava fiel -, passando por músicas mais recentes, até chegar às mais antigas que o levavam ao sucesso que dura há 18 anos.
"Estava cheio de saudades vossas", garantiu o cantor. E notou-se ser mútuo. Ao longo de uma hora e meia de concerto, as declarações de amor foram muitas entre um espetáculo montado ao pormenor e ambiente pirotécnico sincronizado ao segundo, com a luminosidade de uma viagem cósmica.
No encore, não faltou, claro está, a "Amar não é pecado", entre vários pedidos de amor e empatia, sentimentos que, mais do que nunca, parecem cada vez mais caros, bem como a "Meteoro", que deu início a uma carreira cheia de êxitos.
A noite teve direito a tudo: canções, sorrisos, passos de dança, canções à guitarra e, acima de tudo, um público que foi fiel do início ao fim e um cantor que não precisou de muito para se destacar, ou não fosse o carisma e a presença em palco duas das suas maiores armas. "É só vocês fazerem assim [estalar os dedos] que eu volto", cantou na última frase.
Com a receção que teve, bem pode.
Esta sexta-feira, sábado e domingo, Luan voltará a encher a Meo Arena, cuja lotação (18 mil pessoas) está esgotada há meses. O concerto de sábado poderá atingir uma audiência recorde: será transmitido em direto no canal de YouTube de Cristiano Ronaldo, que possui 60 milhões de seguidores.