Luís Varatojo apresenta-se hoje no Porto com o projeto Luta Livre, cujo álbum de estreia, "Técnicas de combate", é um ato de intervenção artística.
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"Qualquer criação artística acaba por ser um ato de intervenção. Neste caso tem características de crítica social e política, o que o torna interventivo." Assim se refere Luís Varatojo ao caldo que viu nascer o primeiro registo do projeto Luta Livre. .
Como nasceu o disco? O músico diz que, "a dada altura, decidi unir os textos que andava a recolher com os instrumentais que fiz à parte".
Em "Técnicas de combate" recorre-se a um discurso poético. É ténue a linha entre o falar e o cantar, e há sons que dançam entre o jazz e o rock. As canções abordam a atualidade, desigualdade social, desinformação. Sobre esta última, diz que urge "acordar as consciências". A desinformação combate-se com informação e "temos que ter cuidado com as fake news e, sobretudo, com as redes sociais".
Luís Varatojo tem vasta carreira na música. Passou pelos Peste & Sida, abriu A Naifa em 2004, criou o projeto Fandango em 2015 com o ex-Madredeus Gabriel Gomes. Com Luta Livre, os espetáculos tornam-se uma "celebração e união" em que público e músico formam uma só voz, proferem-se palavras de ordem mais sérias.
"Política" é a canção predileta do álbum para Luís Varatojo. É uma "música muito completa e muito simples".
"Técnicas de combate" conta com vários convidados e alguns deles estarão em palco na Casa da Música: Kika Santos, Edgar Caramelo, João Pedro Almendra, Pedro Mourato, Nelson Cabral, Ivo Palitos, Diogo Santos e Ricardo Pires.
Depois da Invicta, a Luta Livre continua por palcos de Aveiro (Avenida Café Concerto, sexta-feira 5) e Coimbra (O Teatrão, sábado 6).