Prémio Nobel da Literatura em 2020, a autora norte-americana Louise Glück faleceu nesta sexta-feira, revelou o seu editor Jonathan Galassi, da Farrar, Struas & Giroux. Tinha 80 anos.
Corpo do artigo
Possuidora de "uma voz poética que, com austera beleza, torna universal a existência individual", nas palavras do porta-voz da Academia Sueca que em 2020 lhe atribuiu o Prémio Nobel da Literatura, Louise Glück iniciou a sua carreira literária em 1968 com o volume "Firstborn". Os 12livros de poesia e alguns ensaios sobre poesia que publicou só começaram a ser publicados em Portugal após o anúncio do prémio. No espaço de dois anos, a Relógio D'Água publicou a maioria dos seus livros, incluindo "Vita nova" e "Uma vida de aldeia", dois dos seus livros mais elogiados, em traduções asseguradas por vários poetas, como Ana Luísa Amaral.
Apesar de ser uma das autoras poéticas mais aclamadas do nosso tempo, as suas influências eram sobretudo clássicos, como Shakespeare, a mitologia grega ou Eliot, "questionando e por vezes rejeitando completamente os laços de amor e sexo, o que chamou de 'premissa de união' no seu poema mais famoso, 'Mock Orange'", como escreveu a Associated Press no seu obituário.
O Nobel da Literatura não foi o único prémio literário cimeiro que recebe, tendo sido ainda distinguida com o Pulitzer, o National Book Critics Circle, o Los Angeles Times Book e o Wallace Stevens da Academia de Poetas americanos. Dedicou-se ao ensino - sobretudo na Universidade de Yale - na maior parte da sua atividade profissional.