O violinista francês Didier Lockwood, considerado "um dos maiores nomes do jazz francês", morreu no domingo aos 62 anos em Paris, em consequência de um ataque cardíaco.
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Didier Lockwood, que nos anos 1980 chegou a tocar no Cascais Jazz, nasceu em Calais em 1956 e desde cedo se interessou pela improvisação, influenciado pelo irmão mais velho, pianista de jazz.
Com 17 anos integrou o grupo de rock progressivo francês Magma e entrou depois noutros projetos onde pôde conjugar diferentes estéticas, do jazz acústico ao de fusão, passando pela música clássica.
Com uma carreira que contou com cerca de 4500 concertos e mais de 35 álbuns, duas óperas, peças sinfónicas e música para cinema, Didier Lockwood era "profundamente generoso e comunicativo", queria "fazer música sem fronteiras e sem 'a priori'", afirmou a ministra francesa da Cultura, Françoise Nyssen, à agência AFP.
O músico tinha acabado de gravar um álbum com a mulher, a soprano Patricia Petibon, e estava atualmente em digressão com o disco "Open doors", editado em novembro passado, gravado com André Ceccarelli, Romain Antonio Farao e Darryl Hall.
A AFP recorda ainda que o trabalho de Didier Lockwood se estendia também à educação musical, uma vez que criou um método de aprendizagem de violino para jazz e fundou em 2001 o Centro de Música Didier Lockwood, em Dammarie-les-Lys, na região de Paris.