O professor catedrático e ensaísta Vítor Aguiar e Silva faleceu neste domingo aos 82 anos. Entre os inúmeros galardões recebidos destaca-se o Prémio Camões.
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Figura maior dos estudos camonistas, Vítor Aguiar e Silva faleceu aos 82 anos, deixando uma vasta obra mas também um percurso académico longo.
A Universidade do Minho, instituição a que estava ligado desde 1989, emitiu uma nota de pesar, na qual afirma que "a sua obra científica marcou decisivamente os campos dos estudos literários e da teoria da literatura, do ensino da língua portuguesa e das políticas de língua. Era um dos mais reconhecidos especialistas na obra de Luís de Camões, a nível mundial".
Natural da freguesia de Real, concelho de Penalva do Castelo, iniciou os estudos no Liceu Nacional de Viseu e licenciou-se em Filologia Românica na Universidade de Coimbra, onde fez também o doutoramento em Literatura Portuguesa. Após uma ligação de 10 anos à Universidade de Coimbra, enquanto professor catedrático, assumiu funções na Universidade do Minho, onde chegou a ser vice-reitor.
Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública a 4 de outubro de 2004, Vítor Aguiar e Silva esteve ativamente envolvido na criação do Instituto Camões, além de ter sido um dos mais firmes opositores do Novo Acordo Ortográfico.
Em 2007, a Associação Portuguesa de Escritores distinguiu-o com o Prémio Vida Literária.
Nos últimos anos, recebeu várias distinções, entre as quais o Prémio Vasco Graça Moura - Cidadania Cultural (2018)
e o Prémio Camões (2020).