Programa "O museu como performance" celebra 11 edições a diluir a fronteira entre artes visuais e performativas. Programa reúne 13 artistas e coletivos.
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Há onze edições que Serralves se permite dobrar o seu próprio mapa. Durante este fim de semana, o museu portuense de arte contemporânea deixa de ser um repositório estático de obras e torna-se um organismo pulsante: escuta ruídos, exala gestos, transforma rotas.
"O museu como performance" regressa com a força de uma convocação - não para assistir, mas para habitar, questionar, atravessar. Curado por Cristina Grande, Pedro Rocha e Ricardo Nicolau, o programa reúne 13 artistas e coletivos que invadem galerias, corredores, salas de passagem, propondo criações híbridas entre som, corpo, imagem e memória. O instigante tema do corpo - corpo arquivo, corpo fronteira - expõe também o museu como território político: memória colonial, dívidas culturais, identidade, natureza, ancestralidade. Os curadores descrevem os projetos como "luzes intermitentes" que piscam no escuro institucional e são avisos sobre a urgência.