A ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, afirmou, esta quinta-feira, acreditar que, apesar do contexto de crise, "não é pelo preço de um livro que os consumidores se irão retrair".
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Na abertura da Feira do Livro de Lisboa, a governante disse que o sector livreiro está "florescente" e estimou que esta 81.ª edição da Feira do Livro venha a ter "tanto sucesso" como as anteriores.
"No período em que vivemos, de alguma preocupação, de alguma retracção, [a Feira do Livro] será um espaço de descontracção, fruição e prazer", antecipou.
A ministra reconheceu ainda que os e-books são "uma nova forma de trazer o livro a muito mais pessoas, mais fácil e leve", mas confessou: "Ainda não me rendi aos tablets."
E acredita que os e-books não irão "destronar o livro", mas que podem ser "um factor exponencial para desenvolver um maior número de leitores".
Nesta altura com "Sinais de Fogo", de Jorge de Sena, à cabeceira, Gabriela Canavilhas prometeu voltar à Feira do Livro para comprar "várias coisas", mas de uma forma "mais anónima, com um saco e ténis".
Antes da cerimónia de abertura, em que discursaram também o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e o presidente da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL),Paulo Teixeira Pinto, a ministra da Cultura ainda trocou umas palavras em inglês com dois cidadãos chineses, perguntando-lhes a que autores portugueses traduzidos tinham acesso.
A Feira do Livro de Lisboa abriu esta quinta-feira e vai ficar no Parque Eduardo VII até 15 de Maio, contando com 140 participantes, que representam 450 editoras e chancelas, distribuídos por 240 pavilhões.
O editor Francisco Espadinha, fundador da Editorial Presença há 50 anos, será homenageado no dia 11 de maio e o dia 5 de Maio será dedicado à língua portuguesa.
A programação infanto-juvenil está este ano a cargo da câmara de Lisboa, que terá uma praça na feira e regressará com o Passaporte Escolar, um projecto educativo da edilidade destinado às crianças do 1.º ciclo do ensino básico, em que carimbam nos diferentes pavilhões o passaporte e no final recebem um brinde.
Também se mantém a Hora H, de segunda a quinta-feira, em que entre as 22 as 23 horas os visitantes podem comprar livros publicados há mais de 18 meses com um mínimo de 50% de desconto.