Termina este domingo o maior festival ligado à cultura e à paixão pelos automóveis, no Caramulo, organizado pelo Museu Automóvel local. Um número recorde de 170 participantes e mais de 40 mil visitantes marcam o sucesso da 20.ª edição do certame.
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A oportunidade de ver, pela primeira vez, o Adamastor Furia e raridades como o Kimera EVO (25 unidades), ou de recordar os UMM que fizeram o Paris-Dakar, na década de 80, foram algumas das atrações. No domingo, ainda é possível ver as máquinas a subir a rampa.
Num primeiro balanço, com as subidas de sábado ainda a decorrer, Salvador Patrício Gouveia, da direção do Museu do Caramulo, estava satisfeito: "Logo desde as primeiras horas de sexta-feira, percebemos que a adesão do público estava a ser fantástica". Por toda a rampa, a festa popular foi bem visível, com a assistência a vibrar, especialmente com a passagem do Adamastor Furia. A interpretação da lendária máquina de ralis, Lancia 037, o Kimera, uma série limitada de 25 unidades, foi outro dos carros que atraíram mais os visitantes.
Impulso para a economia
A vila do Caramulo, em Tondela, torna-se pequena para as 40 mil pessoas que passam pelo festival durante três dias. "É um impulso enorme para a economia da região: restauração, hotelaria, as marcas vendem muitos carros aqui. Nós, no Museu do Caramulo, fazemos 20% das nossas entradas anuais neste fim de semana", diz Salvador Patrício Gouveia. Uma equipa de 200 pessoas, entre voluntários e a equipa permanente do museu, trabalha afincadamente para encaixar o maior festival automóvel numa localidade com cerca de mil habitantes.
Os entusiastas que ainda se lembram dos tempos dourados do UMM puderam rever as máquinas que participaram no Paris-Dakar na década de 80. O Caramulo Motorfestival é feito de carros lendários do passado, mas também de bólides atuais. A reunião do Ford GT 40, que venceu Le Mans na década de 60 com a versão atual foi um desses momentos icónicos. O festival continua hoje até às 19, terminando com um desfile.