
A opressão com que cresceu (já tinha 35 anos quando sucedeu o colapso da URSS) contamina muitos dos livros do romancista
Foto: Gyula Czimbal/AFP
Academia Sueca enaltece "obra convincente e visionária" do autor húngaro de 71 anos. Escritor vem ao festival Fólio, em Óbidos, no dia 19 de outubro.
Corpo do artigo
Autor de "uma obra convincente e visionária que, no meio do terror apocalíptico, reafirma o poder da arte", nas palavras do porta-voz do júri, László Krasznahorkai é o vencedor da edição deste ano do Prémio Nobel da Literatura. Propensa a surpresas frequentes, a Academia Sueca optou, desta vez, por confirmar o favoritismo que, há largas semanas, lhe era atribuído pelas casas de apostas. O segundo nome mais citado, o japonês Haruki Murakami, tinha contra si não só o facto de, no ano passado, já ter sido distinguida uma autora do mesmo continente (a sul-coreana Han Kang), como a própria popularidade dos seus livros, "pecadilho" normalmente penalizado pelo júri do prémio.
