Braga prepara-se para voltar a ser ponto de encontro de viajantes sonoros e exploradores de ritmos globais. A quarta edição do Nómadas Festival arranca no sábado, dia 6 de setembro, e promete, mais uma vez, transformar a antiga Pedreira do Monte Castro num palco de experiências sensoriais únicas, onde a música eletrónica se cruza com a natureza e com a liberdade de quem vive intensamente cada batida.
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A abertura faz-se em grande estilo com Arodes, DJ e produtor espanhol que tem conquistado a cena internacional com temas como Reborn e Lucy, além de remixes para nomes de peso como CamelPhat e Jan Blomqvist. Fundador da Unreleased Records, editora e conceito de festa que se tem afirmado no circuito europeu, Arodes já levou os seus sets a palcos lendários como Tomorrowland, Burning Man, Hi Ibiza e Brooklyn Mirage.
Ainda no sábado, a energia ganha novas camadas com Maxi Meraki, um dos nomes mais promissores do Melodic House. O produtor belga, responsável por faixas como "Dare Your Move", "If You Need It" e "Nothing On Me", soma remixes para artistas como Rüfüs Du Sol e Mahmut Orhan, confirmando-se como uma aposta sólida para fazer dançar a noite bracarense.
O encerramento, no domingo, 7 de setembro, fica nas mãos de uma das figuras mais respeitadas da música eletrónica mundial: Black Coffee. O DJ e produtor sul-africano, vencedor de um Grammy, transporta para Braga a sua sonoridade singular - uma fusão de ritmos africanos com deep house, jazz e elementos eletrónicos, batizada de "Afropolitan House". Com uma carreira que começou nos anos 90 e um álbum de estreia lançado em 2003, Black Coffee é hoje um verdadeiro embaixador global do género, com atuações em mais de 80 países e colaborações com artistas como Drake, Usher e Alicia Keys.
Mas o dia não se faz apenas de estrelas internacionais. O cartaz de domingo inclui ainda o português Magupi, multi-instrumentista e compositor que cruza a marimba electroacústica com influências clássicas, africanas e eletrónicas, criando um espetáculo imersivo e original. A fechar, atua também Tiago Cruz, DJ e promotor do festival, cuja visão tem ajudado a consolidar o Nómadas como um dos eventos culturais mais inovadores da região.
Essa ambição é confirmada pelos números: segundo Tiago Cruz, "a edição de junho reuniu cerca de 17 mil pessoas ao longo dos três dias, com 25% do público a chegar do estrangeiro. Mesmo aumentando o recinto em 40%, conseguimos esgotar o último dia e o reforço das infraestruturas foi fundamental para maximizar a experiência no recinto."
Para setembro, a organização apresenta novidades. Pela primeira vez, haverá um concerto logo à chegada do público, promovendo uma interação imediata e dando mais vida ao início do evento. Os DJ sets imersivos, já marca identitária do festival, voltam a ser uma das grandes atrações, reforçando a proposta de experiências multissensoriais que fazem do Nómadas muito mais do que um simples festival de música eletrónica.
Os bilhetes estão disponíveis online em 3cket.com, com preços entre os 35€ e os 150€ para entradas diárias e entre os 65€ e os 300€ para passes gerais.
Mais do que música, o Nómadas é um convite à descoberta: uma jornada cultural erguida num cenário natural único, a Pedreira do Monte Castro, de onde se avista Braga em todo o seu esplendor. Entre batidas de house, afro-house e techno melódico, cada edição reforça a promessa de transformar a dança em experiência transcendental - uma viagem onde cada participante é, também ele, um nómada.