O estado a que o Mundo chegou comentado por bonecos vivos

"Uma aula de anatomia sobre os mistérios do corpo". Eis a descrição do espetáculo que inaugura o Festival Internacional de Marionetas do Porto (FIMP), feita pelo seu diretor, Igor Gandra. É uma frase que serve não só a "Entrañas", dos espanhóis El Patio Teatro, mas que se enlaça no tema do certame em 2025: "De dentro para fora, de fora para dentro, de trás para a frente e por aí adiante", num comentário ao estado do Mundo.

Uma ideia de desocultar terrenos íntimos ou vedados pela norma, expor os reflexos do exterior no trabalho privado dos artistas e observar as novas possibilidades que surgem a partir deste vaivém entre o sujeito e o Mundo. É a articulação que atravessa boa parte dos espetáculos criados por 25 companhias, 12 nacionais e 13 estrangeiras, num total de 49 récitas que poderão ser vistas, entre 10 e 19 de outubro, no Teatro Municipal do Porto - Rivoli e Campo Alegre, Teatro Nacional São João e Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery, além de outros espaços da Invicta, como o Jardim de São Lázaro, Mira Galerias ou estações do metro.