O regresso a “casa” da ilustradora aveirense Fatinha Ramos mostra que “a arte cura”
Fatinha Ramos inaugurou, este sábado, uma exposição na Antiga Capitania, em Aveiro. É uma retrospetiva dos últimos sete anos de trabalho da ilustradora, mas também uma antevisão de uma nova fase artística, após um acidente grave que a deixou quase paralisada.
Corpo do artigo
Radicada em Antuérpia, na Bélgica, há 23 anos, a ilustradora Fatinha Ramos, natural da Glória, em Aveiro, está de regresso a “casa”. A exposição "There is a crack in everything. That’s how the light gets in”, que apresenta, maioritariamente, o trabalho que desenvolveu nos últimos sete anos, foi inaugurada este sábado no edifício da Antiga Capitania, onde ficará patente até 26 de janeiro, no âmbito da iniciativa Aveiro 2024 – Capital Portuguesa da Cultura. E mostra muito do que a ilustradora aprendeu após um grave acidente que a deixou praticamente paralisada. Para Fatinha Ramos, “a arte cura”.
O aquecimento global, a violência contra as mulheres, o “bullying” e o racismo estão, entre outros temas sociais, presentes na obra de Fatinha Ramos. Mas também há ali muitas metáforas para a esperança e para a cura. A ilustradora, vastamente premiada, tem tido o seu trabalho publicado no "New York Times", na Google, no "Whashington Post", na "TIME", no "The Boston Globe" ou no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA). Aliás, o livro “Sonia Delaunay: A Life of Color”, ilustrado pela artista aveirense, é o mais vendido de sempre entre as obras editadas pelo MoMA.